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O dólar encerrou a sessão desta quinta-feira (9) com a maior alta diária frente ao real em três semanas, acompanhando o súbito fortalecimento registrado pela divisa norte-americana ante o euro e o iene no fim da tarde. O deslize dos principais índices acionários de Wall Street também contribuiu para o movimento, sugerindo que o rali que sustentou o apetite por ativos de risco nos últimos dias poderia estar perdendo força.

O dólar ganhou 0,62%, cotado a R$ 2,0158 na venda. Na máxima da sessão, poucos segundos antes do fechamento, a moeda chegou a atingir 2,0170 reais na venda. "Isso aconteceu lá fora. Todas as moedas apanharam contra o dólar", disse o economista sênior do Espírito Santo Investment Bank, Flávio Serrano.

Foi a maior alta diária do dólar frente ao real desde 18 de abril, quando registrou fortalecimento de 0,90 por cento. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de 2,6 bilhões de dólares.

O dólar abriu esta quinta-feira com leve alta frente ao real, com investidores realizando lucros nas praças financeiras internacionais, e após dados mostrarem que a inflação anual da China subiu mais do que o esperado em abril.

Mais tarde, a divisa dos EUA reverteu a tendência e passou a cair, após o anúncio de uma emissão externa de bônus pelo Tesouro Nacional alimentar a perspectiva de mais entradas de divisas no país. Na mínima da sessão, por volta das 14h, o dólar chegou a atingir 1,9973 real.

"Isso poderia levar outras empresas a tentar fazer captações externas", disse o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo.

Nas últimas horas do pregão, no entanto, a divisa norte-americana passou a registrar acentuado fortalecimento frente a grande parte das moedas internacionais, ultrapassando o importante patamar de 100 ienes e atingindo o maior nível em quase quatro anos ante à divisa japonesa. Às 17h26, o dólar registrava alta de 1,00 por cento frente a uma cesta de divisas.

A alta do dólar também foi influenciada pela queda dos principais índices de Wall Street. O mercado acionário norte-americano interrompeu um rali de cinco pregões consecutivos, alimentando a aversão ao risco do investidor, que passou a buscar ativos de menor risco, como a divisa dos EUA.

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