O dólar inverteu o movimento das duas últimas sessões e fechou em alta ante o real nesta segunda-feira (30), diante da aversão a risco no cenário externo, abalado por dúvidas sobre a capacidade da Grécia de evitar um calote.
A moeda norte-americana subiu 0,62%, para 1,7494 real na venda. Na sexta-feira, a taxa de câmbio havia caído a 1,7386 real, mínima em quase três meses.
O repique do dólar nesta sessão indicou um ajuste técnico, de acordo com o operador de câmbio da Interbolsa do Brasil Moacir Marcos Júnior.
"Por enquanto é só um respiro, tinha caído demais. O 'driver' para uma alta consistente ainda não aconteceu", afirmou.Das 21 sessões de janeiro, incluindo a desta segunda-feira, o dólar caiu em 13, acumulando no período depreciação de 6,37%.
Novamente, as operações locais foram orientadas pelo noticiário externo, onde predominavam as preocupações com a crise de dívida na zona do euro, centrada no momento na Grécia.
O mercado teme que a cúpula da União Europeia (UE) que ocorre nesta segunda-feira resulte em pouco progresso para diminuir a dívida grega e permitir que o país receba um segundo pacote de resgate, crucial para honrar 14,5 bilhões de euros em dívidas em meados de março.
Segundo fontes, os líderes do bloco europeu aprovaram a criação de um fundo permanente de resgate, mas ainda divergem sobre temas como austeridade fiscal, crescimento econômico e as finanças da Grécia.
Ante uma cesta de divisas, o dólar avançava cerca de 0,35% no final da tarde, amparado pela queda do euro, que oscilava em torno de 1,3120 dólar.A aversão a risco era espelhada ainda pelo comportamento dos mercados acionários. Em Wall Street, as bolsas de valores operavam no vermelho, apesar de longe das mínimas do dia, enquanto o índice de volatilidade da CBOE -considerado termômetro do nervosismo dos mercados- subia cerca de 4,8%.
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