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Mercados

Dólar sobe 0,7% e acumula alta de 2,11% em semana com volatilidade externa e BC

Após a queda de quinta-feira, o dólar retomou a valorização sobre o real - a terceira alta na semana. A sexta-feira repetiu a dinâmica verificada desde a fatídica terça-feira, dia 27 de fevereiro, quando uma forte queda no mercado chinês deflagrou uma venda maciça de ativos financeiros no mundo todo. A volatilidade e o viés negativo gerados pelas incertezas no ambiente financeiro global e o Banco Central (BC) atuando de forma mais agressiva na ponta de compra do segmento à vista seguiram ditando o rumo.

A moeda norte-americana fechou com alta de 0,70%, a R$ 2,1310 na compra e R$ 2,1330 na venda - próximo da máxima do dia, de R$ 2,1360. No menor preço, a cotação ficou em R$ 2,1150. O giro interbancário somou aproximadamente US$ 2,3 bilhões, de acordo com informações no mercado. A divisa acumulou ganho de 2,11% na semana.

Na roda de "pronto" da Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM e F), o dólar terminou a R$ 2,131, com acréscimo de 0,61% e volume financeiro igual a US$ 363,50 milhões. Na semana, o ganho atingiu 1,9%.

O pregão de câmbio voltou a acompanhar o humor dos principais mercados internacionais nesta jornada, em Wall Street, e a trajetória de outras moedas emergentes em relação ao dólar. "Foi mais um dia de queda nas bolsas e em que várias divisas verificaram perdas frente ao dólar, o que contaminou os negócios locais", observou o operador da tesouraria de um banco em São Paulo. "As operações locais repetiram o movimento visto desde o início da semana, com muita volatilidade e estresse", acrescentou o profissional.

Na Bolsa de Nova York (Nyse), o Dow Jones cedia 0,74%, aos 12.143 pontos, instantes atrás. No segmento global de moedas, o dólar também avançou sobre o peso mexicano, a lira turca, o rand da África do Sul e a rúpia indiana, entre outros mercados emergentes.

E o BC ajudou novamente na alta das cotações com novo volume elevado de compras. No mercado, estima-se que somente até esta quinta-feira, a instituição teria adquirido R$ 2,9 bilhões. Para o leilão de hoje, a percepção é de que teria sido algo em torno de US$ 400 milhões. A taxa de corte ficou em R$ 2,1330. Entre as taxas conhecidas, que variaram da mínima de R$ 2,13 à máxima de R$ 2,1360, o BC aceitou duas propostas de dois bancos, segundo informações do mercado. Seis dos 17 bancos que participaram do leilão, entretanto, não divulgaram suas ofertas.

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