O dólar fechou nesta quarta-feira (1º)acima de R$ 2,30 pela primeira vez em mais de quatro anos, acelerando a alta perto do fechamento, em linha com o cenário externo. O impulso veio de dados positivos sobre a economia dos Estados Unidos que alimentaram expectativas sobre o estímulo monetário no país ser reduzido em breve. A moeda norte-americana fechou com alta de 0,85%, cotada a R$ 2,3019 na venda, após atingir R$ 2,3060 na máxima do dia. É o maior nível de fechamento desde 31 de março de 2009, no auge da crise financeira internacional, quando ficou em R$ 2,319 na venda. O volume ficou em cerca de 2,2 bilhões de dólares.
"As moedas estrangeiras, de uma maneira geral, estão mais ou menos no mesmo rumo do real: todas lá fora estão se desvalorizando ante o dólar e nós estamos no mesmo caminho", afirmou o diretor de câmbio da Pioneer Corretora, João Medeiros.
Pela manhã, foi divulgado que o número de norte-americanos que entrou com novos pedidos de auxílio-desemprego caiu à mínima de 5 anos e meio e que o crescimento da indústria acelerou para seu maior nível em dois anos, sinalizando possível melhora no cenário econômico dos Estados Unidos.
Tudo isso alimentava as expectativas de que o Federal Reserve, banco central norte-americano, possa começar a reduzir seu programa de compra de ativos em breve, diminuindo a liquidez nos mercados internacionais e afetando os mercados cambiais. Contra uma cesta de divisas, o dólar avançava 1,14 por cento.
O dólar avançou na direção de 2,30 reais na venda perto do fim desta sessão, impulsionado por operações pontuais cujo efeito era ampliado pela baixa liquidez que costuma ser verificada nas últimas horas do pregão. "Algum investidor estrangeiro deve ter saído do mercado brasileiro ou algum operador montou posição, já que é começo de mês", afirmou o operador de uma corretora estrangeira sob condição de anonimato.
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