O dólar não sustentou a baixa verificada pela manhã ante o real e encerrou em alta nesta quarta-feira, influenciado por um ajuste de posições e pela compra de importadores.
No fechamento, o dólar subiu 0,38 por cento, a 1,834 real na venda, após ceder 0,38 por cento na mínima do dia e avançar 0,71 por cento na máxima. O avanço desta sessão pôs fim a uma sequência de quatro dias seguidos de baixa.
"A gente ainda vê incerteza pairando no ar. Além de fatores como ajuste e a compra de importadores, o dólar subiu acompanhando a piora na bolsa (paulista)", avaliou o operador de câmbio Marcos Trabbold, da B&T Corretora de Câmbio.
Profissionais do mercado têm considerado que, embora a tendência do dólar ainda seja de queda, a intensidade desse movimento deve diminuir, uma vez que os sinais de recuperação das principais economias do mundo ainda se mostram fracos.
À tarde, o Federal Reserve informou no Livro Bege que foi percebida alguma melhora econômica até o final de agosto em metade dos distritos pesquisados. As fontes do Fed ponderaram, no entanto, que o mercado de trabalho continua fraco.
"Nesse cenário, o Brasil, como os mercados emergentes no geral, é visto como um lugar atraente para investidores. Mas não estamos isolados do mundo; as más notícias lá (dos países desenvolvidos) mexem com o dólar aqui", disse o operador de câmbio de um importante banco nacional.
No final da tarde, o Ibovespa cedia 0,2 por cento, enquanto os principais índices de ações dos Estados Unidos desaceleravam a alta vista mais cedo.
No mercado internacional de câmbio, as moedas de países emergentes, como a rúpia indiana, o peso mexicano e a lira turca recuavam no final da tarde. Frente a uma cesta com as seis principais divisas mundiais, o dólar reduzia a queda para 0,3 por cento.
A expectativa antes do leilão diário de compra de dólares pelo Banco Central também pressionou o câmbio. Passada a operação, a alta da moeda norte-americana arrefeceu.
O fraco volume de negócios ajudou a exacerbar as cotações. De acordo com números disponíveis no site da BM&FBovespa, o volume no segmento interbancário era de cerca de 1,5 bilhão de dólares às 16h19, em operações com liquidação em dois dias.
Fluxo e compras do BC
O Banco Central informou que o fluxo cambial ficou positivo em 2,957 bilhões de dólares em agosto, período em que comprou no mercado à vista 2,625 bilhões de dólares.
A posição vendida dos bancos diminuiu para 1,14 bilhão de dólares no final de agosto, ante 1,52 bilhão de dólares no fim de julho.
"Os bancos estão tentando reduzir ou mesmo zerar suas posições vendidas no mercado à vista, pois já ganharam bastante com essa exposição e não têm certeza de que poderão continuar lucrando com isso", considerou Trabbold, da B&T Corretora.
O BC divulgou ainda dados referentes aos primeiros dias de setembro. Entre os dias 1o e 4 deste mês, a diferença entre entradas e saídas de recursos ficou negativa em 1,108 bilhão de dólares.
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