O adiamento da bilionária oferta pública de ações da Petrobras impulsionou a alta do dólar frente ao real nesta quarta-feira, com bancos comprando moeda estrangeira para cobrir as vendas feitas antecipadamente em meio à previsão de um aumento da entrada de capital no país.

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Mas a alta do euro após a decisão do Federal Reserve de manter a promessa de juro baixo por um período prolongado, no meio da tarde, contribuiu para que a cotação ficasse abaixo de 1,80 real.

A moeda norte-americana subiu 0,56 por cento no fechamento, para 1,792 real. Na máxima do dia, o dólar chegou a 1,808 real.

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No mês, o dólar acumula queda de 1,59 por cento. Mas no ano o dólar tem alta de 2,81 por cento.

A Petrobras anunciou na noite de terça-feira o adiamento para setembro da oferta de ações inicialmente marcada para julho. O mercado estima um volume entre 50 bilhões e 60 bilhões de dólares e parte desse montante, que virá do exterior, já era vendido antecipadamente por instituições financeiras ao Banco Central nos leilões diários da autoridade monetária.

"Isso deve ser um pouco negativo para o real no curto prazo", avaliaram analistas do banco HSBC em relatório.

O banco ressalvou, porém, que o cenário global de risco ainda é o fator mais importante para a taxa de câmbio.

De acordo com dados divulgados pelo BC na véspera, os bancos tinham 8,039 bilhões de dólares em posições vendidas no dia 18.

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Em outro indicador de escassez de moeda estrangeira no mercado à vista, a taxa mais curta do cupom cambial negociado como FRA (forward rate agreement) na BM&FBovespa tem subido nas últimas duas semanas, para o patamar de 1,60 por cento.

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