O dólar operava em alta nesta terça-feira, depois de uma abertura fraca, com o câmbio pressionado por remessas de recursos e pelo ajuste de posição de algumas tesourarias atentas ao cenário externo. Às 11h37m, a moeda americana era vendida a R$ 2,123, com valorização de 0,43%.
Depois de operar em leve alta, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) exibia ligeira baixa no fim da manhã. Às 12h02m, o Ibovespa caía 0,05% a 39.730 pontos. Os investidores mostram cautela antes da divulgação de relatórios importantes ao longo da semana, como ata do Copom, na quinta-feira, e PIB dos Estados Unidos, na sexta-feira.
"Hoje os mercados no Brasil devem operar com cenário estável, esperando por maior animação com a divulgação dos eventos previstos para o resto da semana", previu a corretora Planner em relatório.
Às 10h30m, o Ibovespa subia 0,03%, a 39.766 pontos, depois de fechar praticamente estável na véspera.
Os papéis da Net , que divulgou lucro liquído no primeiro trimestre esta manhã, cediam 0,80%, depois da alta de quase 6% na segunda-feira.
DÓLAR - Operadores citaram uma forte saída de recursos de uma empresa de telefonia, que pressionava as cotações.
Depois de recuar na véspera, o rendimento pago pelos Treasuries de 10 anos voltava a subir nesta terça-feira sob incentivo de dados mais fortes que o esperado sobre moradias nos Estados Unidos. Com isso, os títulos da dívida externa de países emergentes perdiam atratividade.
O operador de câmbio da corretora Didier Levy, Júlio César Vogeler, citou ainda os preços elevados de petróleo no mercado internacional, que seguravam a atenção dos investidores por representar risco à inflação.
Os preços do petróleo em Londres e Nova York seguiam acima dos US$ 73 o barril nesta manhã.
- Mas essa puxada de hoje é pontual, é mais um ajuste e fluxo. A tendência até sexta é o pessoal fazer a Ptax... todo mundo vai tentar colocar esse dólar para baixo - comentou Vogeler.
O operador lembrou que a taxa média do dólar da sexta-feira servirá de base para liquidação dos contratos de dólar futuro da Bolsa de Mercadorias & Futuros, para emissão dos contratos de swap cambial reverso negociados na semana passada e para o vencimento de US$ 920 milhões em swap reverso na segunda-feira.
Vogeler acredita que, se o cenário externo colaborar e ficar tranqüilo, o dólar deve voltar a cair.
- O mercado está todo direcionado ao cenário externo.
Analistas lembraram, porém, que o dólar não deve cair com muita força mesmo que o cenário ajude, pois há uma resistência do mercado em derrubar o dólar abaixo de R$ 2,10. O preço baixo da moeda americana também reduz o apetite para venda.
- O mercado fica meio de lado, esse mês todo está sendo mais devagar, de baixa volatilidade - destacou o responsável por câmbio do banco ING, Alexandre Vasarhelyi.
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