A forte queda das bolsas de valores fez o dólar fechar em alta, mas o contínuo ingresso de divisas ajudou a limitar o avanço da moeda norte-americana, nesta sexta-feira.
A divisa subiu 0,16 por cento e encerrou cotada a 1,858 real. Apesar desta sessão, o dólar acumulou baixa de 0,27 por cento na semana. Na véspera, a moeda norte-americana havia fechado no menor patamar desde outubro de 2000, a 1,855 real.
O mercado acionário nos Estados Unidos operou em forte queda durante todo o dia. Ao contrário da quinta-feira, quando o lucro maior que o previsto da IBM ajudou a puxar o índice Dow Jones para um nível recorde de alta, os resultados de empresas como Google e Caterpillar decepcionaram os investidores nesta sessão.
Além disso, a preocupação com o setor de crédito imobiliário de risco ganhou destaque novamente após comentários de um membro do Federal Reserve. Durante a tarde, os principais índices norte-americanos caíam cerca de 1 por cento.
"(Foi por causa do) mercado lá fora. Mas não dá nem para considerar uma alta (do dólar), o câmbio está se comportando muito bem aqui. Dado o cenário externo, que foi muito ruim... esperaria que estivesse muito mais alto", disse Gustavo Cunha, operador de derivativos do Rabobank.
Para o operador, o fluxo cambial positivo, os fundamentos econômicos do país e o volume reduzido de negócios nesta sessão ajudaram a evitar que o dólar acompanhasse de perto a variação nas bolsas.
Na última hora de negócios, o Banco Central realizou um leilão de compra de dólares no mercado à vista. Na operação, a autoridade monetária definiu corte a 1,8595 real e aceitou, segundo operadores, ao menos sete propostas.
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