O dólar à vista, referência para as negociações no mercado financeiro, fechou nesta sexta-feira (17) com alta de 0,26%, cotado a R$ 2,039 na venda. Com este desempenho, a moeda acumulou valorização de 0,74% na semana. O movimento do dólar no dia reflete a cautela dos investidores com um possível corte nos estímulos econômicos nos EUA, segundo operadores ouvidos pela Folha, o que poderia reduzir a entrada já escassa de dólares em países como o Brasil.

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O dólar comercial, utilizado no comércio exterior, registrou valorização de 0,49% no dia, para R$ 2,038 na venda. Nos EUA, o presidente do Federal Reserve de São Francisco, John Williams, disse que o banco central americano pode começar a diminuir seu programa de compra de títulos já no verão do hemisfério norte (entre julho e setembro).

O objetivo do programa do governo americano é injetar mais dinheiro na economia, incentivando uma retomada.Esse movimento, porém, divide a opinião de operadores, especialmente depois da divulgação de resultados mistos -tanto positivos quanto negativos- de indicadores da atividade econômica dos EUA nesta semana.

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Na Europa, Benoit Coeure, membro do Conselho Executivo do BCE (Banco Central Europeu), afirmou que a política monetária na zona do euro permanecerá acomodativa "por um longo período", o que pode significar mais dólares entrando em países com taxas de juros mais elevadas, como o Brasil.

BC

O dólar segue cotado acima de R$ 2,03 na venda, valor apontado por operadores como limite de uma banda informal considerada confortável pelo governo tanto para a inflação quanto para as empresas no país.O BC atuou no mercado de câmbio pela última vez em 27 de março, realizando leilão de swap tradicional -equivalente a venda de dólares no mercado futuro- quando a cotação do dólar à vista chegou a R$ 2,03 na venda.