O dólar seguiu no mercado doméstico o movimento internacional da moeda e fechou em alta pelo oitavo pregão consecutivo nesta quarta-feira (10).

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Com a forte valorização dos últimos dias, a moeda norte-americana zerou a baixa acumulada no ano. Nesta quarta-feira, o dólar subiu 0,68%, para R$ 1,785, e agora acumula alta de 0,45% em 2008.

Em mais um dia bastante volátil, o dólar chegou a operar em queda durante a manhã refletindo o otimismo dos mercados financeiros com a divulgação pelo Lehman Brothers de medidas a serem tomadas para fortalecer a posição do banco.

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Mas o bom humor não sustentou a valorização do real que voltou a seguir os mercados cambiais internacionais. Frente a uma cesta com as principais moedas globais, o dólar subia 0,50%, para o maior patamar em 12 meses.

"Ele (o dólar) chegou a cair de manhã com a expectativa dos dados (do Lehman), mas nem os números ajudaram muito", afirmou José Roberto Carreira, gerente de câmbio da Fair Corretora.

'Forças distintas'

Segundo Carreira, a alta do principal índice da Bovespa não foi suficiente para segurar o dólar, pois a moeda tem estado mais atrelada aos movimentos externos. A bolsa, também em pregão estável, firmou alta no fim da tarde.

"Aqui dentro não está tão ruim, mas é lá fora que preocupa", afirmou Carreira citando a forte queda das commodities. O índice Reuters-Jefferies caía 0,73%, enquanto que o petróleo também operava em território negativo.

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Marcos Forgione, analista da Hencorp Commcor Corretora, tem avaliação semelhante: "Hoje o dólar (internamente) está subindo seguindo o petróleo e o euro", ressaltou.

Para o analista, o mercado cambial opera puxado por duas forças distintas: o fortalecimento do dólar no exterior e os altos juros domésticos pressionando a cotação para baixo internamente.

Mas no curto prazo, Forgione alerta que a aversão ao risco tem força superior e nem mesmo uma alta de 0,75 ponto percentual deve mudar este cenário. E ressalta que "o dólar só volta a cair quando tiver uma melhora internacional".