A cautela gerada após o aumento súbito nos juros da Rússia pressionou o mercado de câmbio global nesta terça-feira (16) e fez o dólar fechar em seu maior nível em relação ao real em quase dez anos, apesar de o Banco Central do Brasil ter confirmado que irá manter suas intervenções diárias em 2015.
O dólar à vista, referência no mercado financeiro, fechou em alta de 1,78%, para R$ 2,736 na venda. Foi a quinta alta consecutiva da moeda americana, que atingiu seu maior valor desde 28 de março de 2005, quando valia R$ 2,737. Na máxima do dia, a cotação chegou a R$ 2,760.
Já o dólar comercial, usado no comércio exterior, subiu 1,86%, para R$ 2,735 -nível mais alto desde os R$ 2,740 registrados em 25 de março de 2005. A cotação chegou a alcançar R$ 2,761 durante o dia.
O banco central da Rússia elevou a taxa de juros daquele país em 6,5 ponto percentual, para 17% ao ano, numa medida emergencial para tentar conter a escalada do dólar sobre o rublo russo. Apenas na última segunda-feira (15) a moeda russa perdeu 9,58% sobre a divisa dos EUA. Nesta terça (16), perdeu mais 8,62%.
"Pegou todo mundo de surpresa. Isso gerou um 'reboliço' no mercado. Tem um impacto psicológico da elevação [do juro básico] na Rússia. O mercado, a princípio, temeu que pudesse haver uma 'guerra' entre os emergentes para deixar seus retornos de juros mais atraentes para os estrangeiros. Eu acho que a probabilidade de isso acontecer é baixíssima", disse Elad Revi, analista-chefe da Spinelli Corretora.
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