A instabilidade do cenário externo chegou a pressionar o dólar no Brasil, mas por tempo limitado. Depois de ter subido até 0,87%, a moeda americana fechou perto da estabilidade, em baixa de 0,09%. Com isso, a cotação encerrou o dia a R$ 2,184 na compra e R$ 2,186 na venda. É o terceiro dia consecutivo em que o dólar fecha abaixo do suporte dos R$ 2,20.
Profissionais do mercado afirmam não ter dúvidas de que a pressão de compra exercida pela manhã foi causada pela volatilidade do mercado internacional, que também afetaram a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). A alta do dólar seria uma evidência da realização de lucros e de uma pequena saída de recursos do país.
Segundo Sidnei Moura Nehme, diretor da corretora NGO, esses a instabilidade externa gerou reavaliação de riscos das carteiras de instituições e fundos de grande porte, que buscam desovar os papéis de países emergentes. Mas o movimento é momentâneo, já que os mercados estão em um momento de grande liquidez internacional. Além disso, o Brasil oferece alta remuneração e risco mínimo para o investidor.
A nova paralisação de funcionários do Banco Central teve sua influência negativa na agilidade dos negócios, mas não determinou tendência. O BC vendeu 4.550 contratos de swap reverso, resgatando do mercado US$ 214 milhões. A instituição também comprou recursos no mercado à vista, como faz diariamente desde outubro.
As projeções dos juros negociadas na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) fecharam em baixa, devolvendo a alta da véspera. O destaque do dia foi o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), que teve alta de 0,45%, contra 0,65% da semana anterior. Esse foi o menor resultado desde a quarta semana de outubro de 2005 (0,42%).
Nesta quinta-feira o mercado conhecerá o IPCA de janeiro, índice de referência para as metas de inflação do BC. A expectativa é de que a inflação fique em 0,57%, contra 0,36% de dezembro.
O Depósito Interfinanceiro (DI) de outubro deste ano fechou com taxa de 15,89% ao ano, contra 15,92% do fechamento de terça-feira. A taxa de janeiro de 2007 recuou de 15,74% para 15,71% anuais. O DI de abril do ano que vem ajustou a taxa de 15,58% para 15,55% anuais. A taxa Selic é hoje de 17,25% ao ano.
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