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Dólar sofre queda de mais de 1% e bolsas europeias disparam após acordo para Grécia

Os investidores aprovaram o pacote anunciado de madrugada por líderes da zona do euro para evitar a deterioração de suas economias, que prevê o calote de até 50% do valor da dívida da Grécia. Por volta de 10h35m, o dólar comercial tinha queda de 1,47%, cotado a R$ 1,732 na compra e a R$ 1,734 na venda. Na mínima, foi a R$ 1,732.

Na Europa, as bolsas tinham um pregão de forte alta. O índice FTSE 100, principal da Bolsa de Londres, subia 3,03%. Em Paris, o CAC 40 disparava 5,70%. Em Frankfurt, o DAX valorizava 4,99%. Em Madri, o IBEX 35 tinha forte alta de 4,12%. Em Milão, o FTSE MIB acelerava 5,16%.

Os lideres da zona do euro anunciaram um acordo às 4h da manhã (horário local), após 10 horas de negociações. Para isso, tiveram que dar um ultimato aos bancos: ou aceitavam anular em 50% a dívida da Grécia ou eles deixariam Atenas anunciar o 'calote'. Os banqueiros não demoraram nem uma hora para voltar aceitando o ultimato.

A dívida da Grécia será reduzida para 120% do PIB até 2020. Um novo programa da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI), de até 100 bilhões de euros, será implementado até o final do ano para os gregos.

Segundo, foi criada uma barreira de proteção contra contágio, com um acordo para multiplicar em até cinco vezes o poder financeiro do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (EFSF) para socorrer países e bancos em dificuldade. A alavancagem poderá chegar a 1 trilhão de euros, dependendo da resposta que os investidores derem ao programa europeu.

Terceiro, foi alcançado um acordo para recapitalizar os bancos. Os bancos terão de alcançar um nível de 9% de capital de melhor qualidade até junho do ano que vem. Com isso, a necessidade de recapitalização é estimada em 106 bilhões de euros pela Autoridade Bancária Europeia.

Ficou ainda acertado o começo da governança econômica da zona do euro. Todos os países terão de adotar a "regra de ouro", que significa manter as contas públicas equilibradas. Um presidente para a zona do euro será escolhido.

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