O dólar fechou em queda pelo quarto dia seguido nesta sexta-feira, acompanhando o mercado global num dia de divulgação de importante relatório sobre o mercado de trabalho dos Estados Unidos.
A moeda norte-americana caiu 0,17 por cento, a 1,719 real. Nas quatro sessões de negócios de novembro, a queda acumulada é de 2,11 por cento.
Na metade do dia, o dólar chegou a exibir leve alta, refletindo o aumento da aversão ao risco após o aumento do desemprego nos Estados Unidos para o maior nível em 26 anos e meio, a 10,2 por cento em outubro.
A reação inicial perdeu fôlego, no entanto, quando investidores passaram a levar em conta a revisão positiva nos números referentes a setembro e agosto.
No final da tarde, o dólar se mantinha praticamente estável ante uma cesta com as principais moedas. Enquanto isso, divisas mais favorecidas por aumento do apetite por risco, como o dólar australiano, exibiam alta.
A sequência de quedas do dólar nos últimos dias anulou o movimento ocorrido na semana anterior, quando o aumento da volatilidade internacional e alguma reação à cobrança de IOF sobre investimentos estrangeiros para ações e renda fixa haviam devolvido a taxa de câmbio para o patamar de 1,75 real.
Com o dólar se aproximando novamente do nível psicológico de 1,70 real, aumenta a cautela de investidores com possíveis medidas adicionais do governo para tentar frear a entrada de capital no país.
"O mercado já absorveu os 2 por cento (de Imposto sobre Operações Financeiras)", disse Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da corretora Treviso.
Atenção a medidas
Nesta sexta-feira, o diretor-executivo de desenvolvimento da BM&FBovespa, Paulo Oliveira, disse em Londres que discute com o governo medidas como a permissão para que margens de garantia sejam depositadas no exterior e para que fundos de pensão locais comprem bônus fora do país.
Na quinta-feira, porém, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que outros tipos de controle de capital não estavam sendo avaliados pelo governo "no momento".
"Medidas adicionais desse tipo não parecem muito prováveis", escreveu o economista Guilherme da Nóbrega, do banco Itaú. "Porém, o seu risco não pode ser simplesmente descartado".
Às vésperas do encontro de ministros de Finanças do G20, uma fonte do ministério da Fazenda afirmou que os desequilíbrios no fluxo de capital estão relacionados também ao regime de câmbio fixo da China.
"Ou todos os países têm um câmbio fixo, ou todos têm um câmbio flutuante", disse a fonte à Reuters.
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