O dólar interrompe a seqüencia de quedas registradas nos últimos pregões e opera em alta nesta quarta-feira (15), em meio ao pessimismo sobre o futuro das maiores economias do mundo.
Por volta das 9h50, a moeda americana era negociada aos R$ 2,13, com valorização de 2,10% frente ao real.
O mercado opera cauteloso com o temor de que uma recessão esteja se desenvolvendo na Europa e nos EUA. O Banco Central francês informou que o PIB do país recuou pelo segundo trimestre seguido, configurando recessão técnica, e o mesmo caminho é seguido pela Alemanha.
Temor de recessão volta a derrubar as bolsas Nos EUA, Janet Yellen, presidente do Fed (banco central) regional de São Francisco, disse que a economia americana terá um crescimento nulo no terceiro trimestre do ano e uma contração para o quarto.
Indicadores
No dia, serão divulgados indicadors que podem ajudar a definir qual será o rumo seguido pelos EUA. Vão ser divulgados o índice de preços no atacado (PPI, na sigla em inglês) e as vendas no varejo de setembro, além do Livro Bege, sumário elaborado pelo Fed sobre a situação econômica.
No Brasil, o Banco Central já tem agendados um leilão de venda de US$ 1 bilhão ao mercado com compromisso de recompra em 90 dias corridos e outro de "swap" cambial tradicional.
Pacote de socorro
Na terça-feira, o dólar manteve a tendência de baixa registrada no pregão anterior - quando recuou mais de 7% - e teve uma nova queda, em meio ao otimismo sobre a situação financeira internacional gerada pelo detalhamento do pacote de ajuda dos EUA.
Ao final do dia, a moeda americana teve queda de 2,42%, sendo negociada aos R$ 2,093. A Bovespa, depois de muito sobe-e-desce, também estacionou em patamar considerado positivo pelo mercado. A bolsa brasileira subiu 1,81% nesta terça.