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O dólar terminou estável ante o real nesta quarta-feira (3), em um pregão marcado por poucas notícias e oscilações mais ligadas a fatores técnicos que a fundamentos econômicos, com investidores ajustando suas posições antes do feriado de Corpus Christi.

A moeda norte-americana fechou a R$ 3,1347 na venda, ante R$ 3,1346 na véspera. A divisa chegou a recuar quase 1% na mínima da sessão, a R$ 3,1029, mas se recuperou na parte da tarde.

Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de US$ 2 bilhões. “Foi um dia morno, parado. Os movimentos foram pontuais, o fundamento influenciou pouco”, resumiu o operador da corretora B&T, Marcos Trabbold.

O dólar operou em queda ante o real na maior parte da sessão, influenciado pela recuperação do euro após o Banco Central Europeu (BCE) elevar sua estimativa de inflação.

Operadores ressaltaram que, no começo do dia, também pesaram sobre as cotações vendas de dólares que puxaram para baixo a Ptax, taxa calculada pelo Banco Central diariamente no início da tarde que serve de referência para diversos contratos cambiais. Segundo operadores, isso explica porque a queda da divisa perdeu fôlego na segunda metade do pregão.

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Contribuiu ainda para a recuperação do dólar durante a tarde o avanço dos rendimentos dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos, que tende a atrair para a maior economia do mundo recursos aplicados em outros mercados.

Durante toda a sessão, investidores aproveitaram para ajustar suas posições cambiais antes do feriado do Corpus Christi, na quinta-feira. “Você não quer ser pego de surpresa por uma oscilação grande quando o mercado está fechado”, explicou o operador de uma corretora internacional, que pediu para não ser identificado.

“Não é um dia de grandes notícias”, resumiu o gerente de câmbio da corretora BGC Liquidez, Francisco Carvalho.

Impasses

De maneira geral, as atenções do mercado seguem voltadas para o impasse envolvendo a dívida da Grécia, a política monetária dos Estados Unidos e o Banco Central brasileiro. Após o fechamento dos negócios, o Comitê de Política Monetária (Copom) anunciará sua decisão de política monetária e a expectativa ampla é que eleve a Selic em 0,50 ponto percentual.

Nesta manhã, o Banco Central vendeu a oferta total de swaps para rolagem dos contratos que vencem em julho. O BC já rolou o equivalente a US$ 1,027 bilhão, ou cerca de 12% do lote total, que corresponde a US$ 8,742 bilhões.

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