O dólar interrompeu uma seqüência de quatro dias em queda e encerrou com leve alta nesta sexta-feira, impulsionado pela atuação do Banco Central, depois de ter caído abaixo de R$ 2,10, na parte da manhã.
A divisa americana ficou cotada a R$ 2,1060, com avanço de 0,19%. Na mínima da sessão, a moeda chegou a R$ 2,086, a menor cotação desde maio do ano passado.
No leilão de compra de dólares, o BC aceitou entre 10 e 12 propostas, segundo relato de operadores, com corte a R$ 2,1010.
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) também teve um dia de oscilações, mas fechou em alta de 0,41%, a 44.997 pontos e volume de R$ 3,004 bilhões.
Um dos destaques foram as ações PN da NET, com a 8º maior alta do índice, que avançaram 1,26% após divulgação do balanço da empresa , que teve aumento de 23% na receita líquida. A maior alta do Ibovespa ficou com as ações da Usiminas, que subiram 3,83%.
No mercado de câmbio, o dólar chegou a romper o piso de R$ 2,080 na parte da manhã, a R$ 2,079 na mínima do dia. Na véspera, já tinha caído 1,04%, no rastro de uma forte queda do risco Brasil, que atingiu nova mínima história (184 pontos).
O dólar baixo é bom para segurar a inflação, mas prejudica os exportadores, que já fizeram intensas pressões junto ao governo Lula para tentar valorizar a moeda americana.
As bolsas européias encerraram em alta, no maior nível dos últimos seis anos . O mesmo ocorrer em Wall Street, perto do horário de encerramento.
O otimismo do mercado global foi motivado pela avaliação de que Federal Reserve (Fed, o banco central americano) poderá iniciar um ciclo de queda nas taxas de juros, impulsionando a economia global.
Nesta sexta-feira, o Departamento de Trabalho dos EUA informou que a taxa de desemprego no país ficou acima do previsto, ampliando apostas em uma flexibilização da política de juros.
Os grandes fundos internacionais têm vendido títulos do Tesouro americano e comprado ações, títulos, bônus e moedas de países emergentes como o Brasil.