O dólar fechou com modesta apreciação frente ao real nesta quarta-feira, mas ainda mantendo-se na recente faixa de oscilação vista nas últimas semanas, com o mercado dividido entre as atuações do Banco Central e entradas de recursos.
A cotação subiu 0,12%, a R$ 1,672 na venda. Na máxima, o dólar marcou valorização de 0,24%, enquanto na mínima recuou 0,18%.
De acordo com Marcelo Oliveira, operador de câmbio da BGC Liquidez, houve alguma demanda por dólares no meio da tarde, "mas nada muito acentuado". Segundo ele, o mercado está cauteloso e "qualquer movimento de compra ou venda" consegue mexer na cotação.
"Nossa expectativa continua sendo a de que (o dólar) vá oscilar entre o suporte de 1,66 (real) e a resistência de 1,696 (real) no curto prazo" escreveu em relatório Silvia Afonso, analista do Santander Brasil.
Para Carlos Alberto Postigo, gerente de negócios da Casa Paulista Assessoria Bancária, as atuações do BC sobre o segmento cambial têm favorecido a estreita faixa de oscilação da moeda norte-americana das últimas semanas.
"Parece que o mercado encontrou um suporte. Os investidores acham que não é muito satisfatório montar apostas num dólar em níveis mais baixos que o atual. O resultado é essa estabilidade que temos visto recentemente", afirmou.
Nesta sessão, a autoridade monetária realizou dois leilões de aquisição de dólares no mercado à vista, definindo como corte a taxa de R$ 1,6715.
Mais cedo, o BC divulgara a incorporação às reservas internacionais de US$ 4,356 bilhões por meio dessas operações com liquidação em fevereiro até o dia 11. No leilão de compra de dólares a termo com liquidação em 9 de fevereiro, a autoridade adquiriu US$ 151 milhões.
Já o fluxo cambial estava positivo em 2,585 bilhões de dólares em fevereiro também até o dia 11 .
Ao menos nesta sessão, o cenário externo teve influência limitada no mercado de câmbio doméstico. O euro, por exemplo, recuperava-se ante o dólar, enquanto as bolsas de valores norte-americanas sustentavam-se no azul e os preços do petróleo em Nova York avançavam.
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