Nota grega é rebaixada pela agência Moody’s

A agência de classificação de risco Moody’s rebaixou ontem a nota da Grécia para mais perto do calote diante do plano de resgate financeiro com participação dos bancos privados, anunciado na semana passada. A agência declarou que o resgate representa "virtualmente quase 100%" de probabilidade de um calote, já que os investidores privados perderão 20% do valor investido nos títulos do país.

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Analistas antecipam que a taxa de R$ 1,50 pode se tornar o próximo "piso psicológico" para o dólar. Ontem a moeda oscilou abaixo de R$ 1,55 e fechou a R$ 1,543, a quinta queda consecutiva e o preço mais baixo dos últimos anos.

O valor não é visto desde janeiro de 1999, bem pouco tempo após a mudança histórica do regime cambial do país (de fixo para flutuante). E, salvo algum desastre nos Estados Unidos, isto é, a ocorrência de um calote (algo ainda improvável para boa parte do mercado), muitos analistas acreditam que a tendência predominante ainda é de baixa.

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Como avaliam especialistas do setor, num ambiente de juros cada vez mais altos o governo pouco pode fazer para evitar a desvalorização cambial. "O mais provável é que aconteça o seguinte: o mercado continue fixando novas mínimas [para a cotação], testando para ver o que o governo pode fazer", comenta André Nunes, do grupo Fitta, especializado em câmbio. "Provavelmente, somente nesse preço [R$ 1,50] é que nós veremos algumas operações de compra mais fortes", avalia Reginaldo Galhardo, diretor da corretora Treviso.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, voltou a afirmar ontem que novas medidas para conter a valorização do real podem ser tomadas pelo governo. "Nós poderemos tomar novas medidas para impedir essa valorização. Não podemos antecipá-las, mas podem esperar", disse. "Sempre que a gente fala, acaba em medidas. Portanto, os especuladores que se acautelem."

Mantega destacou ainda que o câmbio não está sendo utilizado pelo governo como um dos principais instrumentos para combater a inflação. Segundo ele, isso está sendo feito, sobretudo, pela política fiscal e pela política monetária do Banco Central. De acordo com o ministro, o câmbio é uma questão que preocupa e causa apreensão por dois motivos. De um lado, expressa problemas da economia mundial, pois muitos países têm dificuldades financeiras, o que acaba repercutindo na desvalorização de suas moedas. De outro lado, argumentou, "há manipulação cambial, a guerra cambial de países que procuram reduzir o valor de suas moedas para poder exportar mais e ter maior competitividade".