O dólar marcou a segunda queda consecutiva ante o real nesta terça-feira (21), atento a perspectivas de mais ingressos no curto prazo e ao otimismo no exterior.
A moeda norte-americana caiu 0,58%, vendida a R$ 1,698, ampliando a desvalorização desde sexta-feira a 0,99%. No mês, o dólar acumula queda de 0,93% e, no ano, o recuo é de 2,58%.
"Tem player achando que o Banco Central vai mesmo subir o juro em janeiro, e acredito que já tem muito investidor se adiantando a esse movimento e trazendo dólares para o Brasil", afirmou Moacir Marcos Júnior, operador de câmbio da Interbolsa do Brasil.
Júnior ponderou, contudo, que caso haja uma elevação da Selic nos próximos meses "certamente esse aumento deve vir acompanhado de alguma medida do governo para evitar uma valorização robusta do real".
A taxa básica de juros brasileira está atualmente em 10,75%, bem acima da praticada em economias desenvolvidas, e os agentes vêm remontando apostas de que o BC deve elevar a Selic em janeiro para barrar a inflação.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) - medida oficial do governo para mensurar a inflação -, por exemplo, acumulou avanço de 5,25% em 2010 até novembro, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
As operações locais acompanharam ainda o bom desempenho das bolsas de valores norte-americanas, que testavam novas máximas em dois anos, em meio a notícias corporativas e de fusões e aquisições.
O índice Standard and Poor's 500 subia 0,55% no final da tarde, o que dava vigor para que o Ibovespa ganhasse 1,61% no mesmo horário. Mais cedo, o principal índice europeu de ações renovara o pico em 27 meses.
No segmento global de moedas, contudo, as oscilações era mais tímidas, com o dólar ganhando terreno ante o euro e uma cesta de divisas após a agência de classificação de risco Fitch colocar o rating soberano da Grécia em observação negativa.
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