O dólar teve um pregão de forte queda frente ao real nesta sexta-feira (6), terminando o dia com baixa de 1,48%, aos R$ 2,254. Com o resultado, a moeda norte-americana acumulou uma desvalorização de 2,7% nas negociações da semana.
Durante o pregão, a divisa acompanhou o bom momento dos mercados acionários pelo mundo. Na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), o pregão se encaminha para um fechamento em alta. Por volta 16h30, o mercado nacional apontava elevação de 3,59%, após ganhos de 2,44% na véspera.
Marcos Forgione, operador de câmbio da B&T corretora, reconheceu a influência do otimismo externo no mercado de câmbio doméstico nesta sessão, mas ponderou que é difícil definir uma tendência para o dólar. "É difícil exprimir nesse momento qualquer alívio. Notícias ruins ainda virão", avaliou.
Posições compradas
Forgione citou ainda a influência da redução das posições compradas dos investidores estrangeiros no mercado futuro de dólar na queda da divisa ante o real nos últimos dias, apesar de ponderar que a exposição, que significa uma aposta prática na alta do dólar, continua elevada.
De acordo com os dados mais recentes da BM&F, os investidores estrangeiros reduziram suas posições compradas - uma aposta na alta do dólar - em quase US$ 2 bilhões de dólares na primeira semana do mês. Otimismo no exterior
Nos EUA, os indicadores da Bolsa de Nova York também registram alta, mesmo após a informação que os Estados Unidos perderam 598 mil vagas de emprego em janeiro, o maior corte nas folhas de pagamento em 34 anos. O índice de desemprego chegou a 7,6%, pior que o projetado pelo mercado, que apostava em redução de 525 mil vagas - um poco acima do esperado pelo mercado.
Isso se deve à expectativa que os senadores venham a ceder e aprovar o pacote econômico de cerca de US$ 900 bilhões que já passou pelos deputados americanos. A expectativa é que a votação possa ocorrer ainda hoje, depois de o presidente Barack Obama ter dito que o pacote pode prevenir uma "catástrofe".
Na Europa, o otimismo também deu o tom dos negócios: as bolsas fecharam em alta, à medida em que os investidores ignoraram os dados mensais de emprego norte-americanos e compraram ações de bancos e mineradoras, que vinham sofrendo nos últimos dias.