Enquanto o dólar abriu esta quarta-feira (8) em forte alta, chegando a superar a barreira dos R$ 2,45 nos primeiros momentos de negociação, o Banco Central anunciou a primeira operação de venda direta de moeda norte-americana ao mercado financeiro desde o recrudescimento da crise financeira internacional. Logo após, efetuou mais duas operações desta natureza. O BC vendeu dólares, nos três eventos, à taxas de R$ 2,44, de R$ 2,37 e de R$ 2,35.
Operações de vendas diretas de dólares aos bancos nacionais não eram realizadas desde março de 2003, no início do primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Após os dois primeiros leilões, o dólar perdeu um pouco seu ímpeto de alta e, juntamente com a melhora do cenário externo, inverteu a tendência.
A instituição, entretanto, se negou a informar qual o valor de venda de dólares das reservas cambiais, que ultrapassaram US$ 208 bilhões na última segunda-feira (6). Segundo o BC, essa "sistemática", de não informar os valores das operações, "sempre prevaleceu". Será possível, porém, ter uma idéia do montante das vendas na próxima segunda-feira (13), quando será divulgado o movimento das reservas da sexta-feira (10) - quando serão contabilizadas as vendas de moeda.
As operações de venda direta de divisas ao mercado financeiro diferem da forma de atuação que o BC vinha adotando até o momento. Após a quebra do Lehman Brothers e de outras instituições financeiras, a autoridade monetária começou a anunciar operações de venda com compromisso de recompra. Ou seja, na realidade eram empréstimos ao mercado financeiro. Foram feitas três operações desta natureza, totalizando US$ 1,7 bilhão.
Ao mesmo tempo, o Banco Central também atuou no mercado futuro, por meio da venda de contratos de "swap". Foram feitas duas vendas desta natureza, totalizando US$ 2,7 bilhões. Isso porque vendas de dólares no mercado futuro contribuem para impedir a subida do dólar negociado à vista.
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