A possível saída do ministro da Fazenda Antônio Palocci do cargo e a reunião do Federal Reserve (Fed) para definir a nova taxa de juro nos Estados Unidos movimentaram o mercado financeiro nesta segunda-feira.O dólar comercial fechou em alta de 0,79%, cotado a R$ 2,169 nha compra e R$ 2,171 na venda.Na máxima, subiu 2,18%, para R$ 2,201 na venda, a cotação mais alta desde 3 de fevereiro deste ano.

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A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), que passou o dia todo em baixa, acabou se recuperando e registrava às 17h15 alta de 0,73%, para 37.851 pontos (volume financeiro de R$ 1,7 bilhão). O risco-país, que mede a percepção do investidor estrangeiro sobre o Brasil, subia 1%, para 232 pontos centesimais.

Com a moeda em alta desde o início da manhã, o Banco Central não realizou nesta segunda-feira o leilão para a compra de dólares no mercado à vista. Apesar de aceitar poucas propostas, a operação vinha acontecendo diariamente desde 8 de março. Não houve, como nas últimas semanas, o leilão de swap cambial reverso, que também era realizado desde dezembro do ano passado.

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O mercado dá como certa a saída de Palocci do ministério e até que se defina um substituto haverá, segundo os analistas, cautela. Nesta tarde, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reúne com a coordenação política do governo para avaliar a crise. Depois está marcado um encontro com o senador Aloizio Mercadante, um dos nomes cotados para assumir o lugar de Palocci.

- O mercado sempre especula e deixa o investidor um pouco mais cauteloso, mas no médio prazo tudo deve se acertar - disse Mirian Tavares, diretora da Corretora AGK.

O grande destaque desta semana é a reunião do Fed sobre os juros nos Estados Unidos. Mais do que a alta, os investidores quererem saber como ficará a política monetária daqui para frente e até quando o Federal Reserve poderá elevar as taxas, já que a atividade econômica nos EUA tem demonstrado crescimento. Para esta reunião de hoje, com término previsto amanhã, há aposta de uma alta pequena, de 0,25 ponto percentual da taxa de juro.

Fed e Palocci também movimentaram os negócios na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F). Os juros futuros tiveram uma pequena alta. O Depósito Interfinanceiro (DI) de abril passou de 16,48% para 16,50% ao ano. O contrato de maio deste ano terminou em 16,31%, contra 16,30% no fechamento de sexta-feira. Para julho de 2006, o DI ficou estável em 15,75% ao ano e para outubro passou de 15,35% para 15,36%. Também terminou estável o contrato de janeiro de 2007 (15,15%). O contrato de abril do mesmo ano registrou uma pequena queda, de 15,07% para 15,06%.

Nesta semana, tem ainda um outro ingrediente que pode deixar o dólar mais volátil já a partir de quarta-feira. Começa depois de amanhã, provavelmente, a disputa pela Ptax (média diário do dólar) para ser utilizada na liquidação dos contratos com vencimento no dia 3 de abril na BM&F.

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