O dólar manteve nesta terça-feira (14) a tendência de baixa registrada no pregão anterior - quando recuou mais de 7% - e teve uma nova queda, em meio ao otimismo sobre a situação financeira internacional gerada pelo detalhamento do pacote de ajuda dos EUA.
Ao final do dia, a moeda americana teve queda de 2,42%, sendo negociada aos R$ 2,093.
A queda na cotação da divisa também foi influenciada por novas intervenções do Banco Central (BC) no mercado de câmbio. Ao longo do dia, o BC fez duas operações: uma venda direta de dólares das reservas, à cotação de R$ 2,09, e, posteriormente, um novo leilão de "swap" cambial, no qual a instituição vendeu US$ 1,235 bilhão em contratos com ajuste periódico.
Rumos do pregão
A divisa operou em queda desde o início do pregão, com o anúncio feito pelo presidente Bush que o governo federal vai usar parte dos recursos do plano de US$ 700 bilhões aprovado no início do mês será utilizada para injetar capital em bancos com dificuldades, comprando ações das instituições.
Segundo o Secretário do Tesouro dos EUA, Henry Paulson, a compra das ações vai custar US$ 250 bilhões. Em pronunciamento, ele manifestou confiança que isso permitirá o "retorno da confiança no sistema financeiro" do país.
"O mercado ainda continua preocupante, mas está um pouco mais tranquilo. Pelo menos, agora o pessoal começou a trabalhar com algum fundamento, precificando os ativos", afirmou Tarcísio Rodrigues, diretor de câmbio do Banco Paulista.
Segundo o diretor, o aumento da confiança dos investidores com os planos coordenados dos principais governos mundiais para combater a crise está abrindo espaço para o ajuste do dólar no mercado doméstico.