Os mercados começaram esta quinta-feira (21) absorvendo a mudança de rota na política monetária anunciada ontem pelo Copom – o comitê do Banco Central que decidiu ontem deixar inalterada a taxa de juros em 14,25% ao ano. A cotação do dólar subia 1,34% às 10h30, sendo vendido por R$ 4,159. O euro era cotado a R$ 4,53, em alta de 1,20%.
A Bolsa de Valores de São Paulo começou oscilando bastante - abriu em baixa, mas entrou em campo positivo no meio da manhã. O Ibovespa, seu principal índice de ações, subia 0,13% às 10h40.
Além da mudança na política monetária, o mercado continua se acomodando ao cenário internacional mais instável, com moedas de emergentes em baixa, acompanhando o derretimento do preço do petróleo.
As Bolsas asiáticas e o petróleo voltaram a registrar quedas expressivas nesta quinta-feira. Depois de um início de sessão em alta, à tarde os mercados da China e Japão, impactados pelas cotações do petróleo, voltaram a operar em baixa.
Nem o anúncio do Banco Central da China de uma injeção de liquidez no mercado de 400 bilhões de yuanes (quase US$ 60 bilhões), o maior valor nos últimos três anos, impediu a queda das bolsas. A Bolsa de Xangai, que já perdeu quase 16% no decorrer do ano, encerrou o dia em queda de 3,23%. A de Shenzhen, a segunda principal da China continental, perdeu 4,01%, enquanto Hong Kong caiu 1,82%.
O índice Nikkei da Bolsa de Tóquio fechou em baixa de 2,43%. As Bolsas europeias operam de olho na reunião do comitê de política monetária do BCE e esperam uma “surpresa positiva”, segundo analistas. Os investidores não esperam mais medidas de estímulo, e sim palavras de incentivos ante os problemas nas bolsas e o pequeno índice de inflação na Eurozona (0,2% em dezembro, apesar da meta de quase 2%).
O petróleo também operava em baixa, no menor nível em 12 anos, em um círculo vicioso de oferta excessiva, demanda fraca e dólar forte. O barril do West Texas Intermediate era negociado a US$ 28,12 dólares e o barril de Brent a US$ 27,72.
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