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Gallassini: “Temos aí uma seca grave. Então tem uma quebra” | Henry Milleo/ Gazeta do Povo
Gallassini: “Temos aí uma seca grave. Então tem uma quebra”| Foto: Henry Milleo/ Gazeta do Povo

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A Expedição Safra Gazeta do Povo está percorrendo as principais regiões produtoras de soja e milho do país para avaliar o impacto da seca sobre as lavouras de verão. As informações sobre o andamento da colheita são divulgadas em tempo real no site www.agrogp.com.br e na edição da Gazeta do Povo de terça-feira.

A seca das últimas semanas vai provocar perdas em áreas de soja cultivadas por cooperados da Coamo, maior cooperativa agrícola do país, com sede em Campo Mourão (Centro-Oeste do Paraná). "Temos aí uma seca grave. Então tem uma quebra", disse o presidente da Coamo, José Aroldo Gallassini.

A cooperativa tem forte atuação no Paraná, mas também opera unidades de recebimento de grãos em Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. Sozinha, a Coamo deve receber cerca de 5% da safra brasileira de soja em 2013/14, ou 4,2 milhões de toneladas em uma colheita nacional de 90 milhões de toneladas. A estimativa foi feita ainda sem considerar efeitos do clima nas últimas semanas.

Segundo Gallassini, a estimativa inicial era de que os cooperados da Coamo conseguissem colher em média 62 sacas por hectare, contra a média nacional de 51 sacas. "Se chovesse hoje [sexta-feira] – e não vai chover –, é uma quebra. Se chover daqui dez dias, aí a coisa é violenta. Precisamos esperar para ver", disse o executivo.

A Somar Meteorologia disse na sexta-feira que o bloqueio atmosférico que impede a entrada de frentes frias chuvosas no Sul e Sudeste do país vai deixar de atuar em cerca de dez dias, a partir de 17 de fevereiro. "E não é tanto a falta de umidade, mas o excesso de temperatura que prejudica a soja", disse ele. A temperatura ideal para a oleaginosa é abaixo de 33º C, segundo Gallassini, engenheiro agrônomo de formação.

Em todos os dias de fevereiro as temperaturas máximas de Campo Mourão, por exemplo, ficaram acima desse nível. "Acima de 33 graus, a soja quase ‘cozinha’. O grão que está se formando, que precisa de muita água, fica miúdo, esverdeado, perde peso."

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