A nutricionista Luana Macedo desenvolveu receitas de papinhas saudáveis e equilibradas para bebês.| Foto: Divulgação

A introdução da alimentação sólida na rotina de um bebê é uma das experiências mais extenuantes da maternidade. Começa pela troca da praticidade da amamentação – em que o alimento está pronto e na temperatura certa para ser transportado para qualquer lugar –, pois exige o preparo das papinhas, consumidas dentro ou fora de casa. Somado ao desejo de proporcionar uma alimentação saudável e equilibrada, cozinhar para a prole pode ser um desafio extra para quem não tem muita habilidade com panelas ou pouco tempo para a tarefa.

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Empresa estuda abrir franquias enquanto inaugura nova cozinha industrial em Joinville

A unidade da Dona Papinha em Joinville será a matriz logística da empresa, que tem como foco principal o mercado de Curitiba. A nova cozinha vai facilitar a distribuição da produção no interior de Santa Catarina. A empresária Luana Macedo também está de olho no interior do Paraná. “Estamos estudando a formatação de franquias e avaliando o mercado para lojas exclusivas, em especial nas cidades de médio porte”, adianta.

Além de levar a operação para Joinville, Luana prepara uma nova linha de produtos dirigidos a crianças até 12 anos. As porções serão maiores, entre 300 e 350 gramas, com a mesma proposta das dos bebês: comida orgânica, com qualidade e sabor. “Muitos pais questionam sobre a quantidade, mas a combinação equilibrada de carboidratos, proteínas e gordura aumenta a saciedade. E também depende muito da criança”, diz.

Os potinhos podem ficar congelados por até três meses. Depois de abertos, duram até 24 horas na geladeira.

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A nutricionista Luana Macedo precisou passar pela experiência de alimentar a filha para entender as dificuldades de manter, diariamente, um cardápio saudável, equilibrado e variado. “Percebi como é difícil no dia a dia você manter a variedade e a qualidade. É muito fácil repetir ingredientes ou gerar desperdício”, diz. Foi ao preparar uma papinha de abóbora para Lara que Luana teve a ideia de pesquisar sobre conservação de alimentos. A menina aprovou a comidinha, mas o pai reclamou da repetição do acompanhamento por dois dias, para dar conta do produto comprado para a refeição do bebê.

A ideia de que a complicação na cozinha poderia ser ainda maior para quem não tem, como Luana, informação e conhecimento sobre nutrientes e equilíbrio alimentar por ofício, inspirou a criação da Dona Papinha.

Enquanto descobria os sabores e as combinações que mais agradavam à filha, a nutricionista desenhou seu plano de negócios e formatou a empresa de refeições infantis congeladas, preparadas com ingredientes orgânicos certificados, sem aditivos químicos e conservantes, sem glúten, soja, lactose e caseína. Foi em 2012, em Balneário Camboriú (SC).

Mudança de ares

Depois de um ano de atividades, a transferência do marido exigiu um novo planejamento para levar a empresa na mudança. Em 2013, a Dona Papinha foi lançada em Curitiba, primeiro com venda direta e atendimento delivery. A procura da clientela por informações e dicas de como introduzir hábitos saudáveis de alimentação ou contornar possíveis resistências a ingredientes exigiu uma ponto comercial. Loja e cozinha foram instalados no Batel, mas a empresa cresceu e Luana precisou mudar a logística e a estratégia de vendas.

Hoje, os produtos Dona Papinha – seis sabores para cada fase, com e sem dentinhos – são encontrados em 12 pontos de venda em Curitiba. As porções de 200 gramas custam R$ 12. A produção de 5 mil unidades por mês deve crescer a partir da ampliação da produção, com a nova sede em Joinville, prevista para abrir em 30 dias. “Temos muitos clientes em Santa Catarina e o ponto será importante para a distribuição”, diz a empresária.

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A expansão vai exigir uma equipe maior na unidade catarinense. Em Curitiba, três pessoas trabalham com Luana na produção vendida para empórios, lojas de produtos naturais e de produtos infantis e mercados gourmet . Levar a Dona Papinha de volta para o estado vizinho também vai facilitar nas compras da matéria-prima. Os ingredientes orgânicos são fornecidos por produtores certificados e Luana vai poder compensar a falta de um ou outro, por conta da sazonalidade, entre os fornecedores, a maior parte da agricultura familiar. “Hoje a empresa de alimentação saudável está alinhada a uma gestão sustentável”, avalia.