A Gol Linhas Aéreas pode deixar a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). O fundo de investimento em participações Asas, acionista controlador de Gol e que pertence à família Constantino, está analisando várias alternativas em relação à sua participação na empresa, inclusive o cancelamento de registro de companhia aberta da Gol.
Em comunicado, o controlador diz que ainda não tomou qualquer decisão e poderá realizar ou não uma oferta pública de cancelamento de registro ou qualquer outra operação.
Segundo reportagem do jornal "Valor Econômico", a discussão sobre o fechamento de capital se deve à queda das ações na bolsa, motivada pela crise no setor aéreo. O valor de mercado da empresa caiu quase pela metade desde maio do ano passado. Para recomprar todas as ações que estão em poder do público, a empresa teria de desembolsar hoje R$ 3 bilhões.
A Gol está na bolsa desde junho de 2004. Desde então, as ações acumulam alta de cerca de 60%. No mesmo período, a Bovespa subiu mais de 170%.
Com o fechamento do capital da empresa, a Gol não seria mais obrigada a divulgar as informações obrigatórias sobre os seus negócios. O custo de financiamento da empresa, entretanto, deve aumentar.
Ações
As ações da Gol apresentam forte alta nesta quarta-feira, por causa da notícia sobre a possibilidade de fechamento do capital da empresa. Às 11h10, o papel PN da Gol subia 11,14%, para R$ 45,09. A concorrente TAM também vinha logo atrás, com suas ações PN subindo 7,39%, para R$ 51,00.
Em Nova York, o American Depositary Receipt (ADR) da Gol ganhava 12,69%, negociado a US$ 24,15. A ADR da TAM ganhava 7,08%, para US$ 27,36.
