Os equipamentos para a dragagem dos pontos críticos do Canal da Galheta e do acesso aos portos de Paranaguá e Antonina devem desembarcar no dia 14 no litoral paranaense. A previsão é da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa). Segundo a autarquia, o trabalho deverá levar seis meses. Até lá, o terminal da Ponta do Félix, em Antonina, não conseguirá retomar a movimentação recorde vivida no ano passado com a importação e exportação de fertilizantes.
A assinatura do contrato com a empresa vencedora da licitação para o serviço, a DTA Engenharia, ocorreu no dia 18 de abril, em Curitiba. Após uma concorrência entre seis empresas, o preço inicial da disputa, de R$ 45 milhões, caiu 20%, para R$ 37 milhões. A assinatura do contrato veio como uma resposta aos mais de 50 dias em que o terminal privado de Antonina ficou parado, entre fevereiro e abril, após o rebaixamento do calado (parte submersa do navio) de 7,1 para 6 metros, o que inviabilizou a entrada de navios de médio e grande portes.
No ano passado, Antonina registrou uma média de dez navios por mês, movimentação recorde desde 2007. Desde a retomada das operações em abril, no entanto, nem metade disso foi recuperado, segundo o prefeito de Antonina, Carlos Augusto Machado.
As obras de dragagem devem ser realizadas constantemente, para conter o assoreamento diário dos canais, provocado pela ação dos elementos naturais na região, onde a movimentação das águas é intensa e promove mudanças no fundo da baía. São duas marés por dia, mais de 730 marés por ano. Em Antonina, no entanto, a última dragagem foi em 2002.
Na execução do projeto, a DTA contará com a parceria da companhia chinesa CHEC-D (China Harbour Engineering Co. Dredging), que freta as dragas para a engenharia.