A fabricante de pneus Dunlop, instalada em Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana de Curitiba, contornou a crise que atingiu o mercado automotivo em 2015. As vendas da marca para o segmento de reposição cresceram 62% no ano passado, índice muito acima do registrado por todo o setor, cujos emplacamentos despencaram mais de 26%.
Com isso, a empresa trabalha desde o ano passado com a capacidade máxima de produção de 450 mil unidades mensais, afirma o diretor de marketing, Renato Baroli. Um ritmo que, por enquanto, não tem prazo para acabar. “Hoje nós trabalhamos em três turnos e com perspectiva de continuar assim por um bom tempo. Nós iremos expandir a produção em breve, só faltam alguns cálculos de viabilidade”, conta.
A planta da Dunlop foi inaugurada em 2013 e teve investimentos de R$ 750 milhões. No local são fabricados apenas pneus para carros de passeio, setor que impulsionou as vendas em 2015. O market share deste segmento, que representa 90% das vendas no país, foi de 5% para 10% em um ano. Ao todo, foram 3,9 milhões de unidades.
Mas se os equipamentos para carros nadaram contra a corrente do mercado, as vendas para caminhões seguiram a trajetória de queda. A Dunlop aponta que a participação do segmento caiu pela metade, de 6% para 3%. Em 2015, foram vendidas 197 mil unidades. Baroli explica que, além da retração do setor, as ações de antidumping sofridas pelo Japão, país de origem da fabricante, pertencente ao grupo Sumitomo, elevaram as tarifas dos produtos, o que os tornaram menos competitivos no Brasil.
Câmbio favorável
Segundo o diretor, a ampliação do segmento de veículos de passeio foi motivada pela produção local, o que compensou em partes a valorização de mais de 45% do dólar ao longo do ano passado, o que penalizou as importadoras. Os insumos para a produção vêm de fora do país, mas os preços foram melhor absorvidos pela fabricante. Outra estratégia foi trabalhar com distribuidores exclusivos e a aposta nas exportações.
Para este ano, a empresa espera um aumento nas vendas em cinco milhões de unidades, por meio do crescimento da linha de produtos originais após acordo com o grupo Fiat Chrysler (FCA) para calçar os novos Uno, Palio e Siena.
Esse tipo de ação vinha ganhando força desde 2015, quando a Toyota Hillux passou a sair de fábrica com os pneus da marca. “Quando um carro sai com um determinado equipamento, a primeira troca costuma ser pelo original”, conta Baroli.
Além disso, a fabricante irá investir na expansão do número de revendedores, que hoje somam 125 lojas.
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