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O ministro da infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, disse a investidores estrangeiros, nesta terça-feira (1°), que o Brasil está projetado "para dar certo" e que vários fatores concorrem para que o país tenha a estruturação de projetos mais sofisticada do mundo no âmbito da infraestrutura. Na ocasião, ele provocou críticos às ações do governo e comemorou os 70 leilões já realizados, de portos às ferrovias. A expectativa do governo é chegar ao final de 2022 com a contratação de R$ 260 bilhões em infraestrutura.
"Estamos aqui para fazer uma prestação de contas: e aí, pessimistas, o Brasil deu certo? Está dando certo? Podemos comemorar 70 leilões realizados, de rodovias, portos, aeroportos, ferrovias", disse ele. "Estamos indo no caminho certo, da eficiência logística. Desenhamos um grande programa de investimentos". Tarcísio retomou uma declaração dada há cerca de dois anos a investidores.
A fala desta terça foi registrada na edição online do Fórum de Investimentos Brasil 2021 (BIF, na sigla em inglês), considerado o maior evento de atração de investimentos estrangeiros da América Latina.
Os principais ativos que ainda serão leiloados à iniciativa privada são a Dutra (BR-116/101/SP/RJ), a BR-381/262/MG/ES, a Ferrogrão, arrendamentos portuários no Porto de Santos, a desestatização da Codesa (Companhia Docas do Espírito Santo/ES), e a última rodada de concessões aeroportuárias com 16 aeroportos que serão divididos em três blocos.
Para o ministro, o Brasil sai à frente da comunidade internacional no pós-pandemia e está apresentando ao mundo um "portfólio de projetos" sofisticados. "Cada projeto é olhado com muito empenho. Temos, hoje, excelência em termos de estruturação de projetos", disse.
A expectativa é que até o final do evento, na tarde desta terça, sejam apresentados 60 projetos de investimentos no Brasil, com valor de carteira estimado em cerca de US$ 72 bilhões. A partir das propostas desenvolvidas, o país espera receber aproximadamente US$ 50 bilhões em investimento. Mais de 100 países participam do evento, organizado pela Apex-Brasil, Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e pelo governo federal.
"Brasil não se abateu com pandemia"
Ainda segundo o ministro, o Brasil teria sido o primeiro país do mundo a reconhecer a pandemia de Covid-19 como "caso fortuito e força maior", levando isso para o mercado. Razão pela qual, de acordo com Tarcísio, o país não "se abateu".
"O Brasil está sabendo tratar os riscos, sabemos estruturar projetos e traduzir riscos. Estamos gerando empregos, temos uma arrecadação recorde. Tudo nos leva ao caminho do crescimento, da vitória, e não está sendo diferente no setor da infraestrutura", afirmou ele.
Durante sua fala no evento, Tarcísio citou a retomada da economia por parte do Brasil, citando a melhora das projeções do PIB, da arrecadação e da geração de empregos.
"Independente dos movimentos políticos do Brasil, os contratos são respeitados"
Apesar das diferentes matrizes ideológicas que passaram pelo governo nos últimos, o país sempre "respeitou contratos", falou o ministro aos investidores que participam do evento virtual.
"Desde [o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso] FHC, passando pelo PT e chegando em [Jair] Bolsonaro", afirmou. No entanto, para Tarcísio, o atual governo, em seus contratos, cuida de riscos que, antes, "eram percebidos pelo mercado e não eram tratados".