O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, disse que é "bom para o Brasil" trabalhar para "fechar logo" um acordo de livre comércio com a União Europeia.
Segundo o político, "parece um absurdo" o Brasil e seus parceiros do bloco não concluírem negociações, abertas há mais de uma década, enquanto a UE fez nesse período vários acordo bilaterais, inclusive com países da região, como Peru e Colômbia e mais recentemente o Equador - que inicialmente resistia à oferta europeia.
"Me parece um bocadinho absurdo que a UE tenha acordo de livre comércio com o mundo inteiro menos com o Brasil. O Brasil é o ponto mais importante (para o acordo) do Mercosul", disse, em evento da FGV.
Barroso reconheceu que há resistências tanto do Brasil, líder do bloco regional, como da Europa."Não sei se será fácil fechar o acordo, mas acontecerá."
Após o fracasso da rodada Doha de liberalização global de comércio, a UE buscou acordos bilaterais e o coroamento dessa política é a atual negociação com os EUA.
Para Barroso, esse acordo também não será fácil diante do porte das duas economias e interesses diversos.
Ao dizer que seria bom o Brasil concluir "logo" o acordo UE-Mercosul, Barroso disse que "pouco restará" ao bloco, pois outros mercados podem já ter ocupado o espaço brasileiro e de seus sócios. Um exemplo é o caso da carne - os EUA também são grandes produtores.
Dilma
Barroso disse que conversou muito com a presidente Dilma na sexta-feira sobre o formato e propostas para o acordo.
- UE e Mercosul trocam acusações por falta de acordo
-
Lula busca apoio internacional em taxação de super-ricos após fracassar como mediador de guerras
-
Sites de extrema-esquerda fabricam dossiês ocos para atacar Brasil Paralelo e Nubank
-
O “efeito dominó” de Toffoli na Lava Jato
-
Quem é Gianna Jessen, que sobreviveu ao aborto e conta sua história ao mundo
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast