As vendas do comércio eletrônico brasileiro superaram as expectativas no Natal 2013. Um levantamento da consultoria especializada no setor, a E-bit, do dia 15 de novembro ao dia 24 de dezembro, registrou um aumento de 41% nas vendas sobre o mesmo período do ano passado, em um faturamento de R$ 4,3 bilhões. A expectativa do setor era bem menor que isso: 25% mais vendas que no Natal passado, algo próximo de R$ 3,8 bilhões.
Segundo a consultoria, a Black Friday, no dia 29 de novembro, contribuiu para elevar os números. Na ocasião, o varejo on-line movimentou R$ 770 milhões, quebrando todos os recordes de faturamento em um único dia. Segundo Pedro Guasti, diretor-geral da E-bit, os consumidores aproveitaram os descontos relacionados à data para antecipar a compra dos presentes. "A mudança no comportamento começou já no dia 28 de novembro, às 18 horas, Algumas lojas saíram na frente e disponibilizaram suas promoções mais cedo. A maior concentração de vendas foi na sexta, 29, mas o fim de semana também registrou alta e na segunda-feira, alguns comerciantes continuaram oferecendo preços mais baixos, na chamada Cyber Monday", explica.
Segundo a E-bit, cerca de 10 milhões de pessoas compraram on-line, com um tíquete médio de R$ 300.
Decepcionante
Crédito restrito, confiança em baixa, juros em alta e dólar mais caro levaram os brasileiros a reduzir o ritmo de consumo neste Natal, a principal data do ano para o comércio tradicional. Balanços preliminares indicam o pior desempenho em 11 anos.
Segundo a Serasa Experian, as vendas do varejo subiram 2,7% no período entre 18 a 24 de dezembro, o menor porcentual desde quando o dado começou a ser medido, em 2003. A média anual de crescimento no período foi de 7,55%.
Dados da Boa Vista também indicam perda de ritmo. O crescimento foi de 2,5%, ante os 4,5% registrados em 2012. Não há dados históricos para o indicador.
Os balanços de ambas as empresas são feitos com base nas consultas dos varejistas aos bancos de dados disponíveis sobre os consumidores.
Nos shoppings, as vendas tiveram um incremento de 5%, o menor ritmo dos últimos cinco anos, segundo a Alshop (associação do setor).