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E-commerce curitibano aposta em moda plus size de alto padrão

Publicitária Thábata Guarinello teve o apoio das duas irmãs para criar o Tresur | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
Publicitária Thábata Guarinello teve o apoio das duas irmãs para criar o Tresur (Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo)

Das planilhas e relatórios de papel para o meio virtual. Este foi o caminho traçado pelas três irmãs curitibanas Pamella, Giovanna e Thábata Gulin Guarinello, que, após um ano de pesquisas de mercado, decidiram investir na criação de um novo e-commerce, voltado para um público bem específico: mulheres com numeração plus size ( a partir do manequim 44). No ar desde o dia 20, a Tresur aposta no potencial de um setor que tem se mostrado mais resistente à crise do que o varejo tradicional – no primeiro semestre deste ano, o comércio eletrônico brasileiro alcançou um faturamento de R$ 18,6 bilhões, 16% maior do que o registrado no mesmo período de 2014, segundo a E-bit.

A criação da loja online envolveu a contratação de uma consultoria de São Paulo, que destrinchou o mercado paulista para ver se o investimento e o tempo gastos no negócio valeriam a pena. Das duas ideias iniciais – um e-commerce de roupas básicas e outro voltado para moda plus size –, prevaleceu a última. “Fizemos pesquisas com estes dois perfis de clientes e vimos que o público plus size era extremamente carente, havia uma demanda, mas não havia onde comprar ou encontrar variedade”, relata Thábata.

As três sócias decidiram investir cerca de R$ 240 mil para criar a loja – sem contar o valor das pesquisas ou do estoque inicial. Para se distanciar de outros concorrentes e garantir um retorno maior, a estratégia foi apostar em peças de alto padrão e com exclusividade na venda pela internet. No catálogo da loja, o produto mais barato é um lenço, que sai por R$ 99 – por outro lado, há vestidos que saem por até R$ 900 e biquínis e maiôs na faixa de R$ 300.

A Tresur trabalha com 11 marcas, sendo que cinco delas só são comercializadas na web pelo site curitibano (tirando as páginas oficiais das empresas): Marcia Morais, Decência, Silvânia Miranda, Engenharia da Roupa e Águia.

Ferramentas

As irmãs também investiram no desenvolvimento de recursos online para melhorar a experiência de compra. O site conta com uma ferramenta que calcula o número correto de roupa de acordo com as medidas informadas pela usuária e há uma seção específica para trazer dicas e produtos recomendados para cada tipo de corpo. Um chat online, com uma consultora de plantão para tirar dúvidas, completa o pacote.

“Na pesquisa que fizemos, percebemos que para muitas pessoas o momento da compra era um trauma, porque a roupa não servia, ficava apertada. Então nos preocupamos em transformar esse momento em algo mais gostoso. Além disso, um dos maiores custos para qualquer e-commerce é a troca e devolução de mercadorias. As ferramentas que disponibilizamos driblam esse custo”, relata Thábata, que é publicitária e responsável pela gestão direta do site – Giovanna é médica, e Pamella, engenheira.

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