O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, disse nesta terça-feira (22) que é preciso conter o ritmo da demanda interna para segurar as pressões inflacionárias. Em pronunciamento ao Senado Federal, na audiência da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), Tombini afirmou que há pressões dos preços das commodities e do setor de serviços, mas que o atual cenário externo torna mais complexa a análise do cenário prospectivo de inflação.
Meta
Tombini previu hoje que, no segundo trimestre deste ano, a inflação mensal tende a se deslocar para uma trajetória compatível para o centro da meta de inflação no Brasil, de 4,5%. Em 12 meses, no entanto, destacou Tombini, a inflação deve seguir em alta por mais tempo.
Tombini destacou que isso se deve a fatores estatísticos e também a efeitos da inércia inflacionária, decorrente da inflação elevada verificada no último trimestre do ano passado. Na audiência, ele afirmou ainda que o BC tem responsabilidade, no curto prazo, para evitar que a inflação permaneça em um horizonte mais longo. Por isso, a necessidade de ações convencionais de política econômica, que resultaram no aumento de 1 ponto porcentual da Selic (a taxa básica de juros da economia) nas últimas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom).
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