O maior avião de passageiros já fabricado no país, o E195-E2, da Embraer, com capacidade para até 146 passageiros, recebeu a certificação de três órgãos reguladores: a brasileira Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a americana Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês) e a Agência Europeia para a Segurança na Aviação (Easa, na sigla em inglês).
Com isso, ela poderá operar comercialmente: a estreia comercial do avião está programada para o segundo semestre de 2019, com a Azul. Outra empresa que também receberá o modelo neste ano é a espanhola Binter Canarias.
Dois protótipos da aeronave foram usados durante a campanha de certificação: um para testes aerodinâmicos e outro para validar o interior e tarefas de manutenção.
Assim como o E190-E2, o E195-E2 também terá os intervalos de manutenção mais longos no mercado de aviões de corredor único, com 10 mil horas de voo para atividades básicas de manutenção e sem limite de calendário para utilizações típicas. Isso significa 15 dias a mais para utilização da aeronave em um período de dez anos, comparado à atual geração de E-Jets.
O E195-E2 é uma versão reformulada em relação ao E195. O modelo apresenta novos motores, asas completamente novas, fly-by-wire completo e um novo trem de pouso. 75% dos sistemas da aeronave são novos e ela três fileiras adicionais de assentos.
O avião tem uma autonomia máxima de 2.600 milhas náuticas (4.815 km) com carga total de passageiros, 600 milhas náuticas (1.111 km) a mais do que a primeira versão, o E195.
Outro trunfo do E195-E2 é que ele poderá atender mais mercados a partir de aeroportos que tenham restrições de operação. Do aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, o ganho no alcance é de 500 milhas náuticas (926 km)
Ele também requer menos espaço para decolagem. No peso máximo, avião necessita apenas 1.800 metros, enquanto a primeira versão necessita de 2.180 metros.
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