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Novas hidrelétricas

Ecologistas bolivianos questionam represas brasileiras no Rio Madeira

Organizações de defesa do Meio Ambiente na Bolívia questionaram a decisão do Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente) de conceder uma licença preliminar para a construção de duas centrais hidrelétricas na fronteira com o Rio Madeira.

O Governo de La Paz já fez um apelo ao Brasil para suspender o projeto.

As organizações não-governamentais Foro Boliviano de Meio Ambiente (Fobomade) e a Liga de Defesa do Meio Ambiente (Lidema) disseram nesta quinta-feira à AFP que estão preocupadas com a eventual instalação de duas usinas em Santo Antonio (de 3.150 MW), que deve ser licitada em outubro, e Jirau (3.300 MW), no início de 2008.

"Estamos conscientes de que as duas represas podem ter tremendos impactos locais, como a inundação das florestas e terras usadas pelas comunidades locais ou efeitos sobre várias espécies de peixes que são base de sustento das populações", afirmou a Lidema, em comunicado divulgado nesta quinta-feira.

O Ibama informou segunda-feira que concedeu uma licença preliminar para a construção das duas hidrelétricas no Rio Madeira, embora tenha estabelecido para quem ganhar a licitação das obras que cumpram com 32 exigências antes de iniciar os trabalhos, inclusive um programa de vigilância de sedimentos, de reprodução de peixes além do acompanhamento do nível de mercúrio na água.

A construção das hidroelétricas de Santo Antônio, de 3.150 MW, e Jirau, de 3.300 MW, é um dos principais projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), apresentado no ano passado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O Rio Madeira é um dos principais afluentes do Amazonas e nasce da união dos rios Beni e Mamoré, na Bolívia, marcando a fronteira entre os dois países.

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