O PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país, cresceu 0,1% em 2014. O resultado é inferior ao de 2013, revisado para cima em 2,7% pelo IBGE –os dados apontavam para alta de 2,5% no período originalmente. Os dados foram apresentados na manhã desta sexta-feira (27) pelo IBGE.
O indicador só não veio pior graças a uma revisão metodológica recomendada pela ONU e adotada pelo IBGE, que incluiu mais itens na produção nacional –como despesas em inovação.
O cenário mais hostil se intensificou no quarto trimestre, quando a economia encolheu 0,2% frente ao mesmo trimestre do ano anterior. Na comparação com o terceiro trimestre de 2014 houve expansão de 0,3% –pouco acima do 0,2% do terceiro trimestre.
PIB da indústria cai 1,2% em 2014
O Produto Interno Bruto (PIB) da indústria caiu 1,2% em 2014 ante 2013. No quarto trimestre de 2014, o PIB da indústria recuou 0,1% contra o terceiro trimestre. Na comparação com o quarto trimestre de 2013, o PIB da indústria mostrou queda de 1,9%.
O PIB de serviços subiu 0,7% em 2014 ante 2013. No quarto trimestre de 2014, o PIB de serviços subiu 0,3% contra o terceiro trimestre. Na comparação com o quarto trimestre de 2013, o PIB de serviços mostrou alta de 0,4%.
Já Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) teve queda de 4,4% em 2014 ante 2013. No quarto trimestre de 2014, a FBCF caiu 0,4% contra o terceiro trimestre. Na comparação com o quarto trimestre de 2013, a FBCF mostrou queda de 5,8%. Segundo o instituto, a taxa de investimento (FBCF/PIB) no dado fechado de 2014 ficou em 19,7%.
O desempenho da economia do país no ano passado foi afetado pela desaceleração do consumo das famílias (alta de 0,9%) e queda dos investimentos (de 4,4%) num ambiente de incertezas, que afetaram a confiança de empresários e consumidores.
O consumo das famílias cresceu 2,9% em 2013 comparado com 2012, e os investimentos tiveram alta de 6,1% no mesmo período, ambas as taxas foram revisadas para cima.
Entre os fatores que levaram a uma freada da economia estão juros mais altos, inflação pressionada, crédito mais escasso. A piora da situação fiscal do país e as eleições também pesaram e azedaram o humor de investidores, mais cautelosos.
Setores
Sob o olhar dos setores produtivos, a indústria foi a mais afetada, com queda de 1,2% em 2014 – puxada ainda pela concorrência externa. Os serviços cresceram 0,7%. Já a agropecuária teve uma leve alta de 0,4%.
Para 2015, a previsão –até mesmo do governo – é de uma queda do PIB na faixa de 1%. Analistas esperavam uma queda entre 0,5% e 1% em 2014, mas passaram a estimar uma estabilidade, após a adoção da nova metodologia.
No quarto trimestre de 2014, o PIB avançou 0,3% em relação ao trimestre imediatamente anterior, resultado que ficou dentro das estimativas dos analistas, que previam desde queda de 0,40% a alta de 0,40%, com mediana negativa de 0,10%.
Na comparação com o quarto trimestre de 2013, o PIB apresentou queda de 0,2% no quarto trimestre de 2014.. Ainda segundo o IBGE, o PIB do quarto trimestre de 2014 totalizou R$ 1,446 trilhão. Com esse resultado, o PIB de todo o ano passado somou R$ 5,521 trilhões.
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