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A economia da zona do Euro se contraiu pela primeira vez desde o lançamento do Euro, há uma década, com a França sendo particularmente afetada pelos preços de petróleo elevados e deterioração da economia global. O Produto Interno Bruto (PIB) dos 15 países da região que adotaram o Euro como moeda caiu 0,2% no segundo trimestre, segundo a agência de estatísticas Eurostat. Nos primeiros três meses do ano, o PIB da região havia crescido 0,7%. A contração econômica no trimestre é também a primeira desde 1995, quando os dados começaram a ser compilados pela Eurostat.

Aurelio Maccario, o economista-chefe da zona do Euro da UniCredit Markets & Investment, disse que, com a repentina desaceleração do crescimento e expectativas de inflação abaixo das máximas, são reduzidas as chances de uma elevação adicional das taxas de juro pelo Banco Central Europeu (BCE). Contudo, Maccario disse que tampouco não espera qualquer corte no juro antes da metade de 2009.

A taxa de inflação ao consumidor (CPI) na zona do Euro foi revisada para baixo em relação à estimativa anterior, mas continua acima da meta do Banco Central Europeu de pouco abaixo de 2%. Segundo a Eurostat, o CPI subiu 4,0% em julho ante julho de 2007, de alta de 4,1% estimada anteriormente. Em comparação a junho, os preços ao consumidor caíram 0,2%. As taxas ficaram abaixo das expectativas do mercado, que previam queda de 0,1% ante junho e alta de 4,1% sobre julho de 2007. Em junho, os preços subiram 0,4% ante maio e 4,0% na base anual, disse a Eurostat. A agência informou que o núcleo do CPI, que exclui energia, alimentos, álcool e tabaco, caiu 0,5% ante junho e subiu 1,7% frente a julho de 2007.

O Produto Interno Bruto (PIB) da França registrou contração de 0,3% no segundo trimestre em relação ao primeiro trimestre, reduzindo para 1,1% a taxa de crescimento anual, de acordo com números preliminares anunciados pelo Instituto de Estatísticas Insee. Os analistas esperavam crescimento trimestral de 0,2% do PIB e de 1,7%, em bases anuais, de acordo com os economistas ouvidos pela Dow Jones Newswires. O resultado foi puxado pelas quedas de 1,5% dos investimentos e de 2% das exportações no período, disse o instituto.

A França, que parecia estar resistindo à desaceleração global melhor que as economias dos países vizinhos, sinaliza agora estar caminhando para recessão. O consumo das famílias, o condutor principal de crescimento da segunda maior economia da zona do euro, aumentou 0,1%, depois de ficar inalterado no primeiro trimestre.

A economia da Espanha cresceu à menor taxa em 15 anos durante o segundo trimestre em relação ao trimestre anterior, uma vez que o consumo das famílias recuou em meio ao colapso do setor de construção no país. O Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre cresceu à taxa anual de 1,8% e trimestral de 0,1%, de acordo com dados preliminares apresentados nesta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE). No primeiro trimestre, o PIB da Espanha cresceu a uma taxa anual de 2,7% e trimestral de 0,3%. As previsões dos seis economistas ouvidos pela Dow Jones Newswires foram de um crescimento de 1,7% do PIB, em bases anuais.

Por mais de uma década, a Espanha tem sido um dos principais motores de criação de empregos e de crescimento econômico da zona do Euro. Em 2007, o PIB do país cresceu 3,8%. Mas a crise financeira desencadeada pelo derretimento do mercado de crédito subprime nos Estados Unidos acelerou a correção cíclica já em andamento na indústria de construção espanhola.

A economia da Alemanha, a maior da zona do Euro, apresentou contração pela primeira vez em quase quatro anos, no segundo trimestre, embora menor do que a esperada. O resultado foi provocado pela queda do consumo privado e dos investimentos em bens de capitais e construção. O Produto Interno Bruto (PIB) caiu 0,5% no segundo trimestre, ante os primeiros três meses do ano, de acordo com dados preliminares divulgados nesta quinta-feira pelo Escritório Federal de Estatísticas (Destatis). Esta é mais forte queda desde o primeiro trimestre de 2003, quando a economia alemã recuou 0,5%. O PIB cresceu 1,7% no segundo trimestre de 2008, em bases anuais.

A economia da Portugal cresceu 0,9% no segundo trimestre em relação ao mesmo período do ano passado, mesma expansão do primeiro trimestre, segundo dados preliminares do Instituto Nacional de Estatísticas (INE). Em relação ao primeiro trimestre, o PIB português cresceu 0,4%, após contração de 0,2% no primeiro trimestre. Os números finais serão divulgados em 8 de setembro. Diante dos números, o governo revisou em baixa sua projeção de crescimento para 2008, de 2,2% para 1,5%. As informações são da agência Dow Jones.

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