A economia de recursos públicos para pagar os juros da dívida foi superior a 5% do Produto Interno Bruto (PIB) nos 11 primeiros meses do ano, mas no acumulado de 12 meses ficou ligeiramente abaixo da meta estabelecida pelo governo.
Segundo números divulgados nesta terça-feira (30) pelo Banco Central (BC), o superávit primário no acumulado do ano atingiu R$ 134,8 bilhões, equivalente a 5,08% do PIB. O resultado é 0,3 ponto percentual a mais do que o registrado no mesmo período de 2007.
No acumulado em 12 meses, no entanto, o superávit primário caiu, passando de R$ 127,9 bilhões (4,48% do PIB) para R$ 123,1 bilhões (4,27% do PIB). Dessa forma, o superávit nesse período está um pouco abaixo da meta de 4,3% do Produto Interno Bruto para o ano, levando-se em consideração a reserva de 0,5% do PIB para compor o Fundo Soberano.
Em novembro, o superávit primário do setor público (União, estados, municípios e estatais) somou R$ 1,9 bilhão. No mês passado, os juros nominais somaram R$ 10,9 bilhões, alta de R$ 1 6 bilhão.
Segundo o Banco Central, esse crescimento nos juros ocorreu por causa das operações de swap cambial, vendas de dólares no mercado futuro realizadas para conter a alta da moeda norte-americana. O resultado dessas operações, desfavorável ao BC, é incorporado aos juros nominais.
De janeiro a novembro, os juros apropriados atingiram R$ 145,6 bilhões (5,48% do PIB), 0,73 ponto percentual a menos do que o registrado nos mesmo período do ano passado. No acumulado em 12 meses, os juros alcançaram R$ 157,8 bilhões (também 5,48% do PIB), valor também menor do que os R$ 159 bilhões (5,57% do PIB) registrados até outubro.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast