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PIB

Economia do Paraná encolhe 2,4% em relação ao 1.º trimestre de 2015

O setor com a menor queda no estado foi a agropecuária, cujo PIB recuou 0,3% sobre o primeiro trimestre de 2015. | Dirceu Portugal/Gazeta do Povo
O setor com a menor queda no estado foi a agropecuária, cujo PIB recuou 0,3% sobre o primeiro trimestre de 2015. (Foto: Dirceu Portugal/Gazeta do Povo)

O Produto Interno Bruto (PIB) do Paraná recuou 2,4% no primeiro trimestre de 2016 em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (1.º) pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social (Ipardes).

A retração econômica estadual no primeiro trimestre foi menor que a nacional. Na comparação do mesmo período, o PIB brasileiro teve queda de 5,4%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Esta queda do PIB estadual é mais forte que a registrada no primeiro trimestre de 2015, quando o recuo foi de 0,8% em relação a 2014. Os dados do Ipardes mostram, ainda, que a economia do Paraná encolheu 2,8% no acumulado dos últimos 12 meses em relação aos 12 meses anteriores. Na mesma comparação, o PIB brasileiro registrou contração de 4,7%.

Apesar de ser parceiro do IBGE no cálculo do PIB, o Ipardes não calcula o desempenho do Paraná em relação ao trimestre imediatamente anterior – nesse indicador, a economia do Brasil teve queda de 0,3%.

Para o diretor-presidente do Ipardes, Julio Suzuki Júnior, esse resultado comprova que o estado foi afetado pela crise nacional. “Nenhum estado escapa da recessão. O resultado do Paraná mostra que a crise existe, mas é mais fraca no estado que no país”, diz. Segundo ele, isso ocorre porque o Paraná tem uma estrutura produtiva, principalmente no agronegócio, mais voltada ao mercado externo.

“A exportação é nossa válvula de escape da crise. A demanda doméstica está muito baixa, mas o setor produtivo no estado contorna isso pela demanda externa”, avalia Suzuki.

Setores

O setor industrial foi o que apesentou maior recuo na economia paranaense no início de 2016. A queda, fortemente influenciada pelo setor automotivo, foi de 6,9% em relação ao mesmo período do ano passado. Em termos nacionais, o recuo atingiu 7,3%. “A gente vive um momento visível de desindustrialização no país e isso leva a reboque o Paraná”, afirma Suzuki.

No trimestre, até o setor agropecuário, que no ano passado evitou um tombo ainda maior da economia, teve variação negativa. A leve redução da safra de grãos, efeito do clima, fez com que a agropecuária paranaense registrasse uma queda de 0,3% em relação ao primeiro trimestre do ano passado. No acumulado dos últimos 12 meses, entretanto, o setor cresceu 1,3%, em face de um recuo de 1% no Brasil.

O setor de serviços também registrou no Paraná um resultado melhor que no país. A queda foi de 3,7% em todo o Brasil, enquanto encolheu 1,2% no estado na mesma base de comparação. Suzuki explica que esse resultado decorre do fato de a taxa de desemprego ser menor no Paraná.

“O poder aquisitivo no estado recuou menos que no Brasil, temos uma condição de consumo um pouco melhor, o que se reflete no setor de serviços, que depende quase que exclusivamente da demanda interna”, avalia.

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