A economia paranaense deve fechar o ano com uma retração de 2,4% em relação a 2015. Embora negativo, o resultado será o melhor do país, empatado com o de Roraima, segundo projeções do departamento econômico do Santander.
O banco prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro vai encolher 3,3% neste ano, com quedas em todos os estados. As mais fortes são esperadas para Espírito Santo (-6,2%) e Amapá (-5,3%).
GRÁFICO: A queda do PIB, estado por estado
As projeções do Santander são feitas com base nas pesquisas mensais de indústria, comércio e serviços do IBGE; nos levantamentos de safra do instituto e também da Conab e da Unica; nos dados do mercado de trabalho formal do Caged; e ainda em números divulgados por outras instituições, como as vendas de veículos apuradas pela Fenabrave.
A principal explicação para a boa colocação do Paraná está no setor industrial, que tem peso de 24,5% na economia estadual. O PIB da indústria paranaense deve cair 2,2% neste ano, enquanto no país todo o setor deve recuar 3,6%, de acordo com as estimativas do banco.
“Segmentos que estão mostrando mais rapidamente sinais de recuperação têm peso relevante na indústria do Paraná. Entre eles, os fabricantes de alimentos, celulose, couro e produtos de madeira”, diz o economista Rodolfo Margato, do Santander. “Embora a taxa de câmbio tenha se valorizado nos últimos meses, esses segmentos foram beneficiados por ganhos de competitividade no setor externo.”
Segundo ele, o desempenho desses ramos suavizou o impacto provocado pelas perdas da indústria automotiva, que responde por quase 20% do setor industrial do estado. “A maior diversificação da indústria paranaense, na comparação com outros estados, minimizou a trajetória negativa do ramo automobilístico”, explica.
Com peso de 9,2% na economia paranaense, o PIB agropecuário deve encolher 1,6% neste ano, em linha com a média nacional (-1,7%), prejudicado principalmente pela quebra na produção de milho. Responsável por 66,2% do PIB do Paraná, o setor de serviços – que inclui o comércio – deve recuar 2,5%, estima o Santander. O resultado é ligeiramente melhor que o do país todo (-2,8%).
Próximo ano
Para 2017, o Santander prevê um crescimento de 2% para a economia brasileira, uma das projeções mais otimistas do mercado financeiro. A tendência, segundo Margato, é de que as regiões Sul e o Sudeste sejam as principais beneficiadas pela retomada.
“Nossa visão é de que o crescimento será puxado pelos investimentos, com aumento da produção de bens de capital e de máquinas, aparelhos e materiais elétricos. Essa tendência, somada à melhora das exportações de manufaturados, tende a beneficiar essas duas regiões, que concentram os fabricantes desses produtos”, explica o economista.
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