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A economia dos Estados Unidos cortou empregos pelo segundo mês seguido em julho, com mais demissões de funcionários contratados para o censo e um aumento menor que o previsto da contratação no setor privado.

Houve fechamento de 131 mil postos de trabalho em julho, disse o Departamento de Trabalho nesta sexta-feira. Foram fechados 143 mil empregos relacionados ao censo.

O setor privado, considerado uma medida melhor da saúde do mercado de trabalho, gerou 71 mil empregos após criar 31 mil em junho. O governo revisou o dado de maio e junho sobre o emprego para mostrar criação de 97 mil vagas a menos que o estimado anteriormente.

Analistas ouvidos pela Reuters esperavam fechamento de 65 mil postos de trabalho em geral, e a contratação de 90 mil trabalhadores pelo setor privado.

A taxa de desemprego se manteve em 9,5 por cento pelo segundo mês seguido, abaixo das previsões para uma taxa de 9,6 por cento. A estabilidade da taxa se deve, em grande parte, à redução da força de trabalho, com mais pessoas desistindo de procurar emprego.

A geração de emprego diminuiu após avançar razoavelmente entre fevereiro e abril, pondo em risco a recuperação econômica dos EUA após a pior recessão desde os anos 1930.

A situação do mercado de trabalho norte-americano é um dos fatores que determinarão o momento da primeira alta dos juros pelo Federal Reserve desde a redução das taxas para quase zero em dezembro de 2008.

O chairman do Fed, Ben Bernanke, afirmou que o banco central pode adotar mais medidas de afrouxamento monetário se a recuperação estagnar. O Fed realiza sua próxima reunião de política monetária na terça-feira.

Apesar da fraca geração de emprego pelo setor privado, o ritmo das demissões diminuiu significativamente em relação ao primeiro trimestre do ano passado, quando os empregadores demitiam, em média, 752 mil pessoas por mês.

Em julho, o dominante setor de serviços dos EUA criou 38 mil vagas, após abrir 34 mil em junho. De forma mais preocupante, os empregos temporários, tidos como indicadores para a contratação permanente futura, diminuíram 5.600 após subirem 11.200.

Os governos estaduais e locais, lutando contra enormes déficits orçamentários, demitiram mais trabalhadores no mês passado, contribuindo para um corte de 202 mil empregos estatais, frente ao corte 252 mil em junho.

O setor industrial gerou empregos inesperadamente em julho, revertendo o declínio do mês anterior com o impulso das fabricantes de automóveis que não fecharam suas fábricas no mês para reequipagem. O setor manufatureiro abriu 36 mil vagas, após contratar 13 mil trabalhadores em junho.

A indústria manufatureira está liderando a recuperação econômica dos EUA, iniciada no segundo semestre de 2009. O setor de construção, porém, cortou 11 mil empregos.

A semana média de trabalho aumentou para 34,2 horas, após cair para 34,1 horas em junho.

Os empregadores normalmente elevam as horas trabalhadas dos funcionários antes de contratar mão de obra adicional.

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