Operadores na bolsa de Nova York, que subiu 0,08% no pregão de ontem: dúvidas| Foto: Brendan McDermid/Reuters

A economia americana se expandiu no primeiro trimestre deste ano, mas sem a vitalidade esperada, alimentando preocupações de que o que vem pela frente pode ser um ano de crescimento moroso. O Produto Interno Bruto (PIB) subiu 2,5% no trimestre encerrado em março, conforme divulgou o Departamento do Comércio. Apesar de ter representado uma aceleração ante a alta de 0,4% do período anterior, ficou bem abaixo de um patamar superior a 3% que o mercado aguardava.

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Foi o 15º trimestre consecutivo de resultados positivos, mas a sequência aponta uma taxa média ainda frouxa, em torno de 2%. Grande responsável pelo avanço no primeiro trimestre, o gasto do consumidor – que subiu 3,2%, em sua maior alta desde o fim de 2010 – tem como contraponto um clima crescente de desconfiança empresarial diante dos cortes de gastos de Washington.

O ceticismo das empresas está estampado no investimento fixo não residencial, que cresceu apenas 2,1% no primeiro trimestre deste ano, ante 13,2% no período imediatamente anterior. A perda de velocidade nesse investimento – que compreende a construção de fábricas, a aquisição de máquinas, equipamentos e sistemas – sinaliza que o crescimento registrado pelo país pode fazer parte de uma categoria que não recupera o emprego, fantasma americano desde os piores momentos da crise em 2009.

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Outra chave para o aquecimento, os gastos do governo seguem em trajetória de queda. O segmento de defesa caiu 11,5%, depois que uma redução também acentuada de 22,1% no último trimestre do ano passado. O mercado de habitação ainda é uma fresta de luz, com o investimento fixo residencial, que inclui construções e reformas de moradias, crescendo a 12,6% no intervalo. O número vinha em alta de 17,6% no período anterior, segundo dados do Departamento do Comércio.