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As bolsas de valores mundiais operavam em queda nesta segunda-feira e o euro atingiu mínimas em quatro anos ante o dólar, com os investidores reagindo a sinais de desaceleração na retomada econômica dos Estados Unidos e a preocupações com a dívida no Leste Europeu.

Dados fortes sobre as encomendas à indústria alemã, no entanto, melhoraram um pouco o humor.

O índice de ações globais MSCI caía 1,02% e a medida dos mercados emergentes perdia 2,3% às 7h38 (horário de Brasília).

Os investidores venderam ações na sexta-feira após dados sobre o emprego nos EUA terem decepcionado. A economia norte-americana criou menos postos de trabalho que o esperado, e uma grande porção deles veio de contratações temporárias para o censo.

Isso gerou preocupações de que a recuperação na maior economia do mundo pode não ser tão forte quanto o imaginado.

Outros temores se concentravam na Hungria, onde autoridades do partido governista sugeriram que há apenas uma pequena chance do país evitar uma crise de dívida similar à da Grécia.

"Os dados sobre o emprego podem ter mudado um pouco a confiança do mercado porque os números desse importante indicador mostraram o que as pessoas estavam suspeitando há algum tempo: que a recuperação econômica norte-americana pode estar desacelerando um pouco", disse Hiroaki Osakabe, gerente de fundos da Chibagin Asset Management no Japão.

"Então você tem isso combinado com sinais de que os problemas de dívida da zona do euro podem ter raízes profundas. Colocados juntos, ambos estão gerando vendas."

A Hungria tem importância mínima em nível global, mas há preocupações sobre a exposição de bancos se o país declarar moratória ou se a queda do florim húngaro impulsionar a alta na inadimplência de empréstimos entre húngaros que tomaram muito emprestado em euros e francos suíços.

O índice das ações europeias FTSEurofirst 300 perdia 0,30%, para 995 pontos. A queda foi amenizada pela alta de 2,8% das encomendas à indústria da Alemanha em abril ante março, ante expectativa do mercado de 0,2 por cento. Mais cedo, o Nikkei do Japão fechou em queda de 3,84%.

O euro era cotado a US$ 1,1985, após ter chegado a US$ 1,1876 mais cedo, o menor valor desde março de 2006.

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