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A economia norte-americana teve uma expansão "moderada" no segundo trimestre, "mas acontecimentos recentes nos mercados financeiros puseram em destaque alguns dos estresses diante da economia no futuro. Tanto os gastos dos consumidores como os investimentos das empresas registraram ganhos no segundo trimestre, e as exportações líquidas contribuíram de maneira importante para a elevação do PIB", diz a ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos), divulgada nesta terça-feira.

O documento nota que "a construção residencial continuou a cair fortemente, o mercado de mão-de-obra enfraqueceu ainda mais e a produção industrial declinou. O núcleo da inflação ao consumidor continuou relativamente estável, enquanto o índice principal elevou-se como resultado de aumentos fortes dos preços dos alimentos e da energia". Segundo a ata, "condições apertadas de crédito, a contração em andamento no setor de moradias e a elevação dos preços da energia provavelmente pesariam no crescimento econômico ao longo dos próximos trimestres. O Comitê esperava que a inflação se moderasse mais tarde neste ano e no próximo. Contudo, à luz das elevações contínuas dos preços da energia e de algumas outras commodities, e o estado elevado de alguns indicadores de expectativas de inflação, a incerteza quanto à perspectiva da inflação permaneceu grande".

O texto acrescenta que "o relaxamento substancial da política monetária até esta data, combinado com medidas sendo aplicadas para promover a liquidez do mercado, deveriam promover um crescimento moderado ao longo do tempo".

"Em sua discussão sobre a situação e a perspectiva da economia, muitos participantes notaram que os acontecimentos recentes sugeriam que a atividade econômica provavelmente continuaria deprimida por vários trimestres", diz a ata, acrescentando que "a expectativa geral era de que o crescimento da atividade econômica seria fraco durante o que resta de 2008, antes de recuperar-se modestamente no próximo ano, e quase todos os participantes da reunião viam riscos negativos ao crescimento". Para os participantes da reunião, "o crescimento das exportações havia dado um ímpeto substancial à demanda geral no segundo trimestre. Contudo, muitos participantes observaram que a desaceleração na atividade em algumas economias estrangeiras tenderia a deprimir os ganhos das exportações no futuro".

O documento diz ainda que "vários participantes mostraram preocupação com a possibilidade de o núcleo da inflação não se moderar no próximo ano, a não ser que a posição da política monetária seja apertada mais cedo do que os mercados financeiros prevêem atualmente" e que "a maioria dos membros não via a atual posição da política como particularmente acomodatícia, tendo em vista que muitas famílias e empresas estavam diante de custos elevados para empréstimos e disponibilidade reduzida de crédito, por causa dos efeitos dos estresses no mercado financeiro e também dos riscos macroeconômicos. Embora os membros em geral antecipassem que a próxima alteração na política provavelmente será um aperto, o momento e a extensão de qualquer mudança na posição da política dependeriam da evolução dos acontecimentos econômicos e financeiros e das implicações para a perspectiva do crescimento econômico e da inflação".

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