Brasília O governo central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) conseguiu fazer uma economia de R$ 5,605 bilhões no mês passado. O superávit primário (receitas menos despesas, excluindo gastos com juros) representa uma queda de 46,44% na comparação com o mês anterior (R$ 10,466 bilhões).
Essa queda é decorrência do aumento dos gastos no final do ano. No mês passado, os servidores do Legislativo e Judiciário já receberam o 13.º salário, por exemplo. Neste mês o governo deverá registrar déficit. Em relação a novembro do ano passado, o resultado é 57,9% maior.
O resultado de novembro é formado pelo resultado negativo do governo central, de R$ 76 milhões, e pelos superávits dos governos regionais, R$ 2,567 bilhões, e das estatais, de R$ 3,115 bilhões. O superávit não foi suficiente para arcar com todos os gastos com juros no mês de novembro, que somaram R$ 12,124 bilhões. Com isso, o déficit nominal receitas menos despesas, incluindo gastos com juros foi de R$ 6,519 bilhões no mês passado.
No acumulado do ano, o superávit está em R$ 96,597 bilhões, o equivalente a 5,09% no Produto Interno Bruto (PIB). No mesmo período do ano passado a economia feita pelo governo estava em 5,60%. Já no acumulado dos 12 meses encerrados em setembro, o superávit passou de 4,33% do PIB em outubro para 4,41%.
Até novembro, o governo central colaborou com um superávit de R$ 57,115 bilhões. Já os governos regionais tiveram um resultado positivo de R$ 21,728 bilhões e as estatais, de R$ 17,754 bilhões.
No mesmo período, o pagamento de juros somou R$ 147,035 bilhões. Com isso, o déficit nominal acumulado está em R$ 50,438 bilhões, o equivalente a 2,66% do PIB. A meta para este ano do setor público consolidado é de um superávit primário de 4,25%.
A dívida líquida do setor público em relação ao PIB deverá apresentar queda pelo terceiro ano consecutivo. Neste ano, a previsão é que ela chegue a 50,2%, contra 51,5% em dezembro do ano passado. Em 2004 era de 51,7% e 57,2% no ano anterior.
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