O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (12) que a economia pode crescer “em breve” mais do que os 2,5% estimados para este ano. Ele ressaltou que, “contra a previsão de muita gente”, a balança comercial brasileira “está no seu melhor momento”.
“A economia está crescendo e eu diria que, em breve, iremos rever o crescimento da economia brasileira para além dos 2,5% previstos pela nossa Secretaria de Política Econômica”, disse Haddad durante um evento da corretora Warren Investimentos.
Em julho, a Secretaria de Política Econômica (SPE) manteve a projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2,5% neste ano. O ministro destacou que o governo Lula colocou em prática “várias medidas” para conter os gastos tributários.
"Entendo que estamos no bom caminho de recuperar as finanças públicas, reconhecido por três agências de risco no último ano", afirmou Haddad em relação a Moody's, a Standard & Poor's e a Fitch . As três agências melhoraram as estimativas da nota de crédito do país no passado.
“Desafio” para compensar a desoneração
Haddad disse ainda que o governo tem o “desafio” de compensar a desoneração da folha de pagamento dos 17 setores da economia e do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse) neste ano. Segundo o ministro, a desoneração custará aos cofres públicos R$ 26 bilhões e o Perse, R$ 14 bilhões.
“Estamos falando de R$ 40 bilhões de gastos monetários, aprovados pelo Congresso Nacional, que não estavam previstos na lei orçamentária e que, graças a uma decisão do Supremo Tribunal Federal recente, vai ter que ser compensada para nós atingirmos o equilíbrio fiscal deste ano e do ano que vem”, disse.
No mês passado, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson fachin determinou que o Executivo e o Legislativo devem chegar a um consenso sobre a composição da desoneração até 11 de setembro. Além dos 17 setores, a medida afeta municípios com até 156,2 mil habitantes.
“Estamos ajudando o Congresso a cumprir determinação do STF que, de forma inédita, passou a exigir do Congresso o mesmo compromisso com a Lei de Responsabilidade Fiscal que tem o Executivo”, reforçou Haddad.
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