A um dia da divulgação do PIB do terceiro trimestre, o centro das estimativas de economistas consultados pelo Banco Central é de que a economia encolha 3,19% em 2015. Na semana passada esperava-se queda de 3,15%.
Os dados fazem parte do boletim Focus, pesquisa entre economistas e instituições financeiras divulgadas semanalmente pelo Banco Central.
Para 2016, a previsão é de que o PIB encolha 2,04%. Há uma semana, esperava-se queda de 2,01%.
Segundo os economistas, a inflação oficial, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) deve fechar 2015 em 10,38%. Há uma semana esperava-se a taxa em 10,33%.
Para 2016, foi mantida a previsão de IPCA em 6,64% no fechamento do ano.
A taxa de câmbio para deve ficar em R$ 3,95 para o fechamento do ano, a mesma previsão da semana anterior. Para o final de 2016, também foi mantida a previsão da semana anterior para o câmbio, em R$ 4,20.
A meta da taxa Selic foi mantida em 14,25%, a mesma previsão da semana anterior. A meta é um patamar ideal apontado pelo Banco Central para a taxa. Com ela, a entidade indica ao mercado que atuará para abaixar ou subir o indicador para mantê-lo em torno desse nível.
A previsão de economistas para a taxa em 2015 será mantida no patamar atual até o fim do ano, já que não haverá mais nenhuma reunião de revisão da Selic no período.
Para 2016, a meta da Selic foi ampliada para 14,25%. Há uma semana, esperava-se a taxa em 14,16%.
A taxa de juros é o instrumento utilizado pelo BC (Banco Central) para manter a inflação sob controle ou para estimular a economia.
Se os juros caem muito, a população tem mais acesso ao crédito e, assim, pode consumir mais. Esse aumento da demanda pode pressionar os preços caso a indústria não esteja preparada para atender a um consumo maior.
Por outro lado, se os juros sobem, a autoridade monetária inibe consumo e investimento -que ficam mais caros-, a economia se desacelera e evita-se que os preços subam, ou seja, que haja inflação.