Economistas de instituições financeiras reduziram sua perspectiva para o crescimento da economia brasileira neste ano a 2,98 por cento após cinco semanas projetando expansão de 3 por cento, mostrou a pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta segunda-feira.

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Apesar de o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) ter mostrado na semana passada que a atividade econômica brasileira acelerou no primeiro trimestre, isso não foi suficiente para dissipar a percepção entre analistas de que a atividade permanecerá errática ao longo do ano.

O IBC-Br apontou expansão de 1,05 por cento nos três primeiros meses do ano ante o último trimestre de 2012, quando o crescimento foi de 0,63 por cento.

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Mas a economia brasileira vem mostrando fragilidade e dificuldade de imprimir recuperação mais sólida, e agora os analistas esperam a divulgação em 29 de maio dos dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) de janeiro a março. Para 2014, a projeção no Focus para o crescimento do PIB foi mantida em 3,5 por cento pela 10a semana seguida.

Em relação à produção industrial, a perspectiva de crescimento neste ano foi reduzida a 2,50 por cento, contra 2,53 por cento na pesquisa anterior. Para 2014, a projeção é de crescimento de 3,50 por cento, abaixo dos 3,55 por cento na semana anterior.

Inflação

Em relação à inflação, as projeções foram mantidas em 5,80 por cento tanto para este ano quanto para 2014. Mas para os próximos 12 meses, a perspectiva foi elevada a 5,64 por cento, ante 5,57 por cento na semana anterior.

Por sua vez o Top 5 --instituições que mais acertam as projeções-- elevou a estimativa para o IPCA neste ano para 5,87 por cento, ante 5,81 por cento anteriormente pela mediana e no médio prazo. Para 2014, a projeção foi mantida em 5,40 por cento.

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As atenções agora se voltam para a divulgação na quarta-feira dos dados de maio do IPCA-15, uma vez que o nível elevado de inflação continua sob os holofotes.

No final da semana passada, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou que a autoridade monetária fará o que for necessário, e de forma tempestiva, para a inflação cair na segunda metade do ano.

O mercado, com as declarações, passou a acreditar que o ciclo de aperto monetário iniciado em abril, com a elevação da Selic para 7,50 por cento, pode ser mais intenso. No mercado futuro de juros, a maioria das apostas já é de alta de 0,50 ponto percentual na taxa básica de juros, ante 0,25 ponto percentual esperado até então, na reunião deste mês do Comitê de Política Monetária (Copom).

No Focus, os economistas mantiveram, pelo menos por enquanto, a perspectiva de alta de 0,25 ponto percentual da Selic na reunião, para 7,75 por cento.

Os economistas também não mudaram pela quarta semana seguida a perspectiva de que a taxa básica de juros encerrará este ano a 8,25 por cento, mesmo nível esperado para o final de 2014.

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Entre o Top 5, também foi mantida a perspectiva de Selic a 8,25 por cento tanto para este ano quanto para o ano que vem.

O Focus mostrou ainda que os economistas elevaram pela segunda vez consecutiva sua projeção sobre o câmbio no final deste ano, com o dólar a 2,02 reais, ante 2,01 reais anteriormente.

Os analistas consultados também deixaram inalteradas suas contas para o saldo da balança comercial neste ano, de um superávit de 9,05 bilhões de dólares. Para 2014, as projeções caíram a 10 bilhões de dólares, ante 10,2 bilhões de dólares.

Já as expectativas sobre o déficit em conta corrente do país no Focus apontaram 70,90 bilhões de dólares neste ano, ante ante 70,05 bilhões de dólares na pesquisa anterior.

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